Pallade Veneta - COP16 faz 'grandes progressos', diz ministra do Ambiente da Colômbia

COP16 faz 'grandes progressos', diz ministra do Ambiente da Colômbia


COP16 faz 'grandes progressos', diz ministra do Ambiente da Colômbia
COP16 faz 'grandes progressos', diz ministra do Ambiente da Colômbia / foto: JOAQUIN SARMIENTO - AFP

A ministra do Ambiente da Colômbia, anfitriã da COP16, antecipou, nesta sexta-feira (25), que a conferência sobre biodiversidade realizada em Cali faz "grandes progressos" com vistas a deter e reverter a perda de espécies até 2030.

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A 16ª Conferência das Partes (COP16) da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB) da ONU foi inaugurada na segunda-feira nesta cidade do sudoeste da Colômbia e se estenderá até 1º de novembro.

Sob o lema "Paz com a natureza", a cúpula tem a tarefa urgente de conceber mecanismos de acompanhamento e financiamento para alcançar os 23 objetivos de proteção da natureza da ONU acordados há dois anos no Canadá.

A mobilização de recursos continua sendo "um dos temas mais difíceis", assegurou Susana Muhamad em uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, e isto ocorre "devido às opiniões tão diferentes das partes".

No entanto, "estamos vendo grandes progressos nas negociações", assinalou. Na primeira semana de conversas, "avançamos em muitíssimas tarefas", acrescentou.

No domingo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou os 196 signatários da Convenção sobre a Biodiversidade a "passarem das palavras aos atos" e incrementarem o Fundo Global para a Biodiversidade (GBFF), criado no ano passado para cumprir os objetivos da ONU.

Até agora, os países se comprometeram a aportar cerca de 250 milhões de dólares (R$ 1,4 bilhão) para o fundo, segundo agências que supervisionam o processo.

Segundo o Marco Global de Biodiversidade (GBF) de Kunming-Montreal, finalizado em 2022, os países devem mobilizar anualmente pelo menos 200 bilhões de dólares (R$ 1,13 trilhão) até 2030 para proteger a biodiversidade, incluindo US$ 20 bilhões (R$ 114 bilhões) anuais até 2025 dos países ricos para ajudar os em desenvolvimento.

Um objetivo-chave da COP de Cali é acordar um mecanismo para compartilhar os lucros com a informação genética extraída de plantas e animais - para uso medicinal, por exemplo - com as comunidades de onde procedem.

Sobre este ponto, Muhamad disse que "as partes estão se unindo em uma visão comum".

Aproximadamente 23.000 delegados, entre eles 180 ministros de governo e uma dúzia de chefes de Estado, estão credenciados na maior COP sobre biodiversidade da história.

Com cerca de um milhão de espécies conhecidas em todo o mundo correndo risco de extinção, os delegados têm muito trabalho pela frente.

Restam apenas cinco anos para cumprir a meta de proteger 30% das áreas terrestres e marinhas do planeta até 2030.

"A razão pela qual estamos aqui hoje é porque compreendemos que estamos perdendo biodiversidade em uma velocidade insustentável", declarou em uma coletiva de imprensa Inger Andersen, diretora-executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.

"Os avanços em Cali darão impulso" ao processo no futuro, acrescentou.

R.Zaccone--PV