Suspeito de matar rapper Tupac Shakur é acusado 27 anos após o crime
O ex-líder de uma gangue foi acusado de assassinar a tiros o rapper Tupac Shakur em 1996, na cidade americana de Las Vegas, anunciou um procurador nesta sexta-feira (29).
Duane "Keffe D" Davis foi acusado formalmente por um grande júri em Nevada, disse o procurador-chefe-adjunto Marc DiGiacomo perante um tribunal.
"Há uma grande presunção de que ele é o responsável pelo assassinato de Tupac Shakur, e será declarado culpado de assassinato com o uso de arma mortal", afirmou.
Shakur, o artista de Hip-Hop que mais fez sucesso até hoje, com 75 milhões de discos vendidos e autor de sucessos como "California Love", foi morto a tiros quando estava em um carro em Las Vegas, em setembro de 1996.
Embora breve, sua carreira deslanchou rapidamente, passando de dançarino coadjuvante a autoproclamado 'gangsta rapper' e uma das figuras mais influentes do Hip-Hop.
Nascido em Nova York, ainda na adolescência, mudou-se com a família para a Califórnia, onde se tornou uma das figuras mas importantes do cenário musical da costa oeste.
As circunstâncias de sua morte ainda permanecem obscuras. Seis meses após seu assassinato, seu principal rival, o rapper da costa leste americana Christopher Wallace, mais conhecido como "The Notorious BIG", também foi morto a tiros.
Muito acreditam que ambos foram assassinados como parte de uma rivalidade entre suas gravadoras, a Death Row, com sede em Los Angeles, e a Bad Boy Entertainment, de Nova York.
No entanto, alguns historiadores da música dizem que as hostilidades entre os dois foram exacerbadas por razões comerciais.
Batizado em homenagem ao líder revolucionário inca Tupac Amaru por sua mãe - uma integrante ativa do movimento dos Panteras Negras -, Shakur abordava em suas letras as dificuldades dos afro-americanos nos Estados Unidos, que enfrentavam desde a brutalidade policial até as detenções em massa.
S.Urciuoli--PV