Terremoto de magnitude 6,3 deixa ao menos 120 mortos no Afeganistão
Pelo menos 120 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas devido a um terremoto de magnitude 6,3 que abalou o oeste do Afeganistão neste sábado (7), segundo um novo relatório das autoridades, cifra que pode aumentar à medida que se registram deslizamentos de terras e há vítimas debaixo dos escombros.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) indicou que o epicentro do terremoto se localizou 40 quilômetros a noroeste da maior cidade da região, Herat. Depois houve sete réplicas com magnitudes entre 4,6 e 6,3.
"Neste momento há mais de 1.000 mulheres, crianças e idosos feridos nos nossos registros e cerca de 120 pessoas perderam a vida", disse à AFP Mosa Ashari, diretor de gestão de desastres da província de Herat.
Os tremores começaram às 11h00 (03h30 no horário de Brasília) e causaram pânico na população, que fugiu dos edifícios.
"Estávamos em nossos escritórios quando o prédio começou a tremer de repente e os revestimentos das paredes caíram. As paredes racharam e parte do prédio desabou", disse Bashir Ahmad, um homem de 45 anos, à AFP.
"Não consigo entrar em contato com minha família, as conexões e as redes não funcionam. Estou ansioso e com medo, tem sido assustador", acrescentou.
A população procurou refúgio em ruas largas, longe de prédios altos. Muitos habitantes foram cautelosos antes de voltarem às suas casas.
Mais cedo, o porta-voz da Autoridade Nacional de Gestão de Desastres, Mullah Jan Sayeq, disse à AFP que o número de mortos estava previsto para "aumentar muito".
"Há algumas áreas que estão completamente desabadas e todas as casas estão danificadas", disse ele. "Ainda há pessoas soterradas sob os escombros", acrescentou.
O USGS indicou em um relatório preliminar que poderia haver centenas de mortes.
"É provável que haja um número significativo de vítimas e que a catástrofe seja potencialmente extensa", afirmou o instituto.
Herat, 120 km ao leste da fronteira com o Irã, é a capital da província com o mesmo nome, onde vivem cerca de 1,9 milhão de pessoas, segundo dados do Banco Mundial de 2019.
A.Graziadei--PV