Congressista republicano George Santos se declara inocente em tribunal dos EUA
O congressista republicano de origem brasileira George Santos se declarou inocente, nesta sexta-feira (27), das acusações adicionais apresentadas pela justiça americana por roubo de identidade e dar falso testemunho à Comissão Federal de Eleições (FEC), segundo fontes judiciais.
O julgamento de Santos, filho de imigrantes brasileiros, de 35 anos, foi marcado para 9 de setembro de 2024 e deve durar três semanas, segundo fontes judiciais.
No começo de outubro, a promotoria do distrito leste de Nova York apresentou novas acusações contra o congressista, que se somam a outra série de acusações apresentadas em maio, entre elas a de roubo de identidade de pessoas e de fazer pagamentos com cartões de crédito de seus doadores sem sua autorização, além de mentir para a FEC e, consequentemente, ao público sobre a situação financeira de sua campanha.
"Santos inflou os recibos de campanha reportados com créditos inexistentes e contribuições que também foram fabricadas ou roubadas", disse o promotor Breon Peace.
Em maio, ele havia se declarado inocente de sete acusações de fraude eletrônica, três de lavagem de dinheiro, uma de roubo de fundos públicos e duas por declarações materialmente falsas à Câmara de Representantes.
O congressista republicano admitiu ter produzido boa parte de seu currículo, incluindo seu nome de registro e religião - ele afirmava ser judeu -, seus estudos e histórico de empregos, ao se candidatar no ano passado a um assento na Câmara de Representantes por Long Island, Nova York.
Segundo a acusação inicial, Santos mentiu para doadores em sua bem-sucedida eleição de novembro de 2022, ao transferir dinheiro para sua conta pessoal e usá-lo para pagar suas despesas e comprar roupas de grife.
Ele também é acusado de cobrar parcelas de seguro-desemprego às quais não tinha direito durante a pandemia de covid-19, antes de ser eleito.
Vários congressistas, tanto republicanos quanto democratas, pediram que Santos renunciasse ao cargo, o que ele se negou a fazer até agora.
M.Romero--PV