Pallade Veneta - Oscar Pistorius ganha liberdade condicional 10 anos após assassinato de sua namorada

Oscar Pistorius ganha liberdade condicional 10 anos após assassinato de sua namorada


Oscar Pistorius ganha liberdade condicional 10 anos após assassinato de sua namorada
Oscar Pistorius ganha liberdade condicional 10 anos após assassinato de sua namorada / foto: ADRIAN DENNIS - AFP/Arquivos

O ex-campeão paralímpico sul-africano Oscar Pistorius obteve a liberdade condicional nesta sexta-feira (24) e sairá da prisão em 5 de janeiro, após cumprir parte de sua condenação pelo assassinato de sua namorada em 2013, um crime que chocou o mundo.

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Uma comissão, composta por membros dos serviços penitenciários e civis, examinou o caso de Pistorius e o seu comportamento durante a detenção e determinou que ele está apto para obter a liberdade condicional.

"O Departamento de Serviços Penitenciários (DCS, na sigla em inglês) confirma a liberdade condicional para o senhor Oscar Leonard Carl Pistorius, efetiva a partir de 5 de janeiro de 2024", informou um porta-voz.

Pistorius, de 37 anos, um corredor que perdeu suas pernas ainda na infância e era conhecido como "Blade Runner" por suas próteses de carbono, foi condenado a 13 anos de prisão em 2017 pelo assassinato de sua namorada Reeva Steenkamp em fevereiro de 2013.

O atleta se declarou não culpado e negou ter matado Steenkamp. Ele alegou que atirou na porta do banheiro de sua residência em Pretória porque acreditava que havia um ladrão no local.

O crime gerou comoção, uma vez que Pistorius era considerado um exemplo de superação às adversidades.

Na África do Sul, pessoas condenadas podem solicitar a liberdade condicional após terem cumprido metade de sua pena.

"O Senhor Pistorius cumprirá o resto da condenação neste sistema penitenciário comunitário e estará sujeito à supervisão do cumprimento das condições da liberdade condicional até sua sentença termine", indicou a comissão.

- Terapia obrigatória -

A mãe de Reeva Steenkamp afirmou em setembro à comissão que não acreditava que o corredor estivesse reabilitado e que ele não demonstrou estar realmente arrependido.

"Ninguém pode afirmar que ele está arrependido se não for capaz de assumir um compromisso total com a verdade", disse June Steenkamp em uma declaração a esta comissão.

Um porta-voz da família afirmou, no entanto, que June não se opôs à libertação antecipada de Pistorius, que foi condenado em um primeiro julgamento em 2014 a cinco anos de prisão por homicídio culposo.

A Promotoria, entretanto, reclassificou o crime como homicídio e, em 2017, o Supremo Tribunal de Apelações o condenou a mais 13 anos de reclusão.

Como parte de seu processo de reabilitação, o sul-africano se reuniu com os pais de Steenkamp no ano passado, em um processo que visava fazer com que os condenados compreendessem os danos que causaram.

O porta-voz da família Steenkamp, Rob Matthews, informou que as condições para a libertação antecipada de Pistorius da prisão incluem que ele se submeta a terapia para aprender a controlar a raiva e a lidar com seus "problemas de violência de gênero".

F.Abruzzese--PV