Chefe da Interpol é demitido no Paraguai por caso Marset
Um chefe do escritório da Interpol no Paraguai foi demitido nesta terça-feira (28) como resultado de uma investigação para identificar o responsável por desativar uma ordem de captura contra a esposa do narcotraficante uruguaio Sebastián Marset.
Na semana passada, uma intervenção da Interpol sobre o caso afastou de seus cargos 17 funcionários, que foram submetidos a processos.
"A Polícia Nacional informa que, em prosseguimento à intervenção no Departamento da Interpol, a diretora interina, delegada Rossana Chávez, resolve substituir o chefe do Gabinete, delegado Rodolfo Fernández", reportou um comunicado oficial.
No lugar de Fernández, foi nomeado o delegado Víctor Hugo Flores, informou a entidade policial.
A medida se soma às já adotadas na semana passada, quando se descobriu que o nome da uruguaia Gianina García Troche, esposa de Marset, foi apagado do sistema.
O escândalo veio à tona com a intensificação da perseguição ao narcotraficante foragido da Justiça, cujo paradeiro autoridades bolivianas afirmam ser o Paraguai.
O ministro do Interior, Enrique Riera, disse que uma entrevista divulgada no domingo, concedida por Marset a um canal de TV do Uruguai, "pode ser uma cortina de fumaça" para ocultar seu paradeiro.
O narcotraficante recebeu em local não revelado uma jornalista que se hospedou anteriormente em Assunção, capital do Paraguai, mas que admitiu ter feito outras viagens aéreas e por terra até encontrá-lo.
Os interventores da Interpol não identificaram ainda o responsável pela suspensão irregular da notificação.
García Troche é processada no Paraguai por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e outros crimes.
A promotora Irma Llano disse a jornalistas que a investigação ainda não conseguiu encontrar o funcionário implicado e que aguarda informação da base central da polícia internacional, na França.
L.Barone--PV