Pallade Veneta - ONU critica tentativas de minar resultados eleitorais na Guatemala

ONU critica tentativas de minar resultados eleitorais na Guatemala


ONU critica tentativas de minar resultados eleitorais na Guatemala
ONU critica tentativas de minar resultados eleitorais na Guatemala / foto: Carlos ALONZO - AFP

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, criticou neste sábado (9) as tentativas "persistentes e sistemáticas" de minar o resultado das eleições presidenciais na Guatemala e pediu que se respeite a vontade dos eleitores.

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O presidente eleito da Guatemala, Bernardo Arévalo, que deve assumir o poder em 14 de janeiro, tem enfrentado uma ofensiva judicial desde a sua vitória no segundo turno das eleições, em agosto, incluindo tentativas de suspender o seu partido, o Movimento Semilla (Semente), e de impedi-lo de assumir o poder.

Na sexta-feira, a promotora Leonor Morales garantiu que as eleições são "nulas" devido a supostas irregularidades administrativas no primeiro turno de junho, um novo ataque que Arévalo descreveu como um "golpe no coração da democracia" guatemalteca.

O alto comissário expressou sua preocupação com "as tentativas persistentes e sistemáticas da Procuradoria-Geral da Guatemala de minar os resultados das eleições gerais, ignorando a vontade dos eleitores".

"Os anúncios de sexta-feira, que buscam anular o resultado das eleições gerais e questionar a constituição e a existência do partido Movimento Semilla, são extremamente preocupantes", afirmou Türk em comunicado.

"Peço mais uma vez às autoridades competentes, incluindo o atual presidente, assim como ao Poder Judiciário, que tomem medidas para preservar o Estado de Direito e garantir o respeito ao resultado eleitoral e, portanto, à vontade da maioria do povo", disse o dirigente da ONU.

Türk enfatizou que o assédio judicial e a intimidação contra funcionários eleitorais e políticos eleitos são inaceitáveis.

Depois que a Procuradoria tentou anular os resultados eleitorais em meio a acusações de uma "tentativa de golpe de Estado", o tribunal eleitoral da Guatemala insistiu, na sexta-feira, que os resultados são "inalteráveis".

"É encorajador que, apesar da longa lista de ações judiciais e políticas tomadas por algumas autoridades, que claramente prejudicam a integridade do processo eleitoral e violam o Estado de direito e a democracia, a população esteja defendendo os seus direitos e se opõe ao que considera como um roubo à sua vontade política", declarou Türk.

"É essencial preservar a democracia e o respeito pelos direitos humanos", acrescentou.

M.Jacobucci--PV