Incêndio em depósito de combustível deixa ao menos 14 mortos e 190 feridos em Guiné
Pelo menos 14 pessoas morreram e outras 190 ficaram feridas em um incêndio causado pela explosão de um depósito de combustível em Conacri, capital da Guiné, na África Ocidental, informou o governo nesta segunda-feira (18).
A explosão ocorreu por volta da meia-noite local (21h de domingo no horário de Brasília) no principal depósito de hidrocarbonetos do país, no distrito de Kaloum, perto do porto.
"O balanço preliminar ao meio-dia [9h em Brasília] é de 13 cadáveres nos centros de saúde e 178 feridos", guineanos e estrangeiros, informou o governo em um comunicado.
Horas mais tarde, o balanço aumentou para 14 mortos e 190 feridos.
As autoridades informaram que 89 pessoas foram atendidas durante o dia e tiveram alta.
As autoridades deste país da África Ocidental determinaram o fechamento das escolas e pediram aos trabalhadores dos setores público e privado que permanecessem em casa.
Imagens publicadas nas redes sociais mostram moradores fugindo da região após a explosão.
"Os feridos chegam às dezenas a dois dos principais hospitais de Conacri", afirmou à AFP Mamadouba Sylla, um cirurgião que trabalha no hospital de Donka.
O coronel Mamady Doumbouya, que chegou ao poder em 2021 após um golpe de Estado, pediu "solidariedade" à população neste "momento difícil", e o governo determinou a abertura de uma investigação.
Na tarde desta segunda, as autoridades informaram que o fogo foi contido e que estavam trabalhando para extinguir o incêndio por completo.
Também pediram aos moradores de regiões vizinhas ao incêndio que se afastassem por sua segurança, e também para permitir o trabalho dos serviços competentes.
"Ouvimos uma forte explosão que nos jogou no chão sem entendermos nada do que estava acontecendo", contou Marietou Camara à AFP.
Desde setembro de 2021, a Guiné é governada por uma junta militar, liderada pelo coronel Mamadi Doumbouya, que derrubou Alpha Condé, o primeiro presidente eleito democraticamente em 2010, após dezenas de regimes autoritários.
Depois do golpe e sob pressão internacional, Doumbouya prometeu que convocaria eleições em um prazo de dois anos a partir de janeiro de 2023.
O.Pileggi--PV