Pallade Veneta - Senador americano nega culpa em caso de corrupção

Senador americano nega culpa em caso de corrupção


Senador americano nega culpa em caso de corrupção
Senador americano nega culpa em caso de corrupção / foto: Adam Gray - AFP

O senador americano de origem cubana Robert Menéndez se declarou inocente, nesta segunda-feira (11), da acusação de que teria tentado obstruir a justiça em uma investigação realizada pelo Ministério Público sobre suborno e participação em uma rede de corrupção para beneficiar o Egito e o Catar.

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Esta é a terceira vez que Menéndez comparece perante o Tribunal Federal Sul de Manhattan, que investiga o caso.

"Mais uma vez, não culpado", declarou o senador democrata ao ser questionado pelo juiz de instrução encarregado, Sidney Stein.

Sua esposa, Nadine Arslanian, o acompanhou e também se declarou não culpada pelas mesmas acusações.

O casal se sentará no banco de réus a partir de 6 de maio em um julgamento que deve durar entre quatro e seis semanas, segundo o magistrado.

De acordo com a última acusação, apresentada na semana passada pelos promotores, Menéndez fez com que seu antigo advogado enganasse os investigadores sobre os pagamentos que teria recebido de outros acusados no caso.

O senador e sua esposa são acusados de receber centenas de milhares de dólares, barras de ouro e outros valores entre 2018 e 2022 dos empresários Wael Hana, José Uribe e Fred Daibes em troca de utilizarem sua posição oficial para protegê-los e enriquecê-los, bem como para beneficiar os governos do Egito e Catar.

O empresário José Uribe se declarou culpado e decidiu colaborar com a acusação.

De acordo com outra denúncia, somada à principal em janeiro, o senador é suspeito de ter recebido propina para ajudar o empresário Fred Daibes, que "buscava milhões de dólares em investimentos de um fundo vinculado ao Catar, realizando atos" em benefício de Doha, segundo a acusação.

O veterano democrata, de 70 anos, cujos pais emigraram de Cuba para os Estados Unidos, recusou-se a deixar o cargo de senador pelo Partido Democrata, mas em setembro renunciou ao posto de presidente da poderosa Comissão de Relações Exteriores do Senado.

M.Jacobucci--PV