Autoridades realizam buscas em mansões do rapper Diddy nos EUA
Agentes federais realizaram operações de busca nesta segunda-feira (25) em propriedades de Sean "Diddy" Combs em Los Angeles e Miami, enquanto o rapper enfrenta uma série de acusações por tráfico sexual e assédio.
Dezenas de agentes do Departamento de Investigações de Segurança Nacional (HSI), fortemente armados, entraram na luxuosa mansão do músico americano no exclusivo bairro de Holmby Hills, em Los Angeles.
Imagens aéreas feitas pela mídia local registraram a enorme mobilização de forças federais na propriedade suntuosa, pouco depois do meio-dia, com as viaturas e veículos oficiais contrastando com os carros de luxo estacionados na mansão.
Outras imagens mostraram a incursão por água e terra em sua propriedade em Miami.
"Mais cedo, o Departamento de Investigações de Segurança Nacional [de] Nova York executou ações legais como parte de uma investigação ativa, com assistência de HSI Los Angeles, HSI Miami e nossos colaboradores locais", confirmou o órgão à AFP.
O motivo da investigação, no entanto, não foi informado, mas fontes confirmaram que o rapper é o alvo do caso.
Entre suas responsabilidades, o HSI é incumbido de investigar o tráfico de pessoas, entre outros crimes.
De acordo com o meio especializado TMZ, o rapper estava em Nova York no momento das diligências. O site também exibiu fotos das buscas nas quais dois jovens são algemados, afirmando que parecem ser seus filhos Justin e King.
Combs, de 54 anos, é alvo de diversos processos na esfera cível por acusações de índole sexual.
Conhecido como Puff Daddy ou Diddy, as denúncias mostram o rapper, um dos principais nomes do hip-hop americano e com uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 1 bilhão (R$ 4,98 bilhões, na cotação atual), como um violento predador sexual, que utilizava o álcool e as drogas para submeter suas vítimas.
Uma das primeiras ações contra o músico foi de sua ex-namorada Casandra Ventura, que o acusou de forçá-la a ter relações sexuais com vários homens durante anos. A demanda argumentava que, por suas características, o caso poderia ser enquadrado como tráfico sexual, um crime federal nos Estados Unidos.
Contudo, Ventura chegou a um rápido acordo com Combs para retirar a ação, mas outras mulheres fizeram denúncias similares.
"Esperemos que este seja o começo de um processo que responsabilize o Sr. Combs por sua conduta depravada", disse Douglas Wigdor, advogado de Ventura e de outra mulher que processou Combs, nesta segunda-feira, em um comunicado enviado à AFP.
Muitos desses processos foram introduzidos sob uma lei temporária promulgada em Nova York que permite às vítimas de agressões já prescritas denunciar seus agressores.
Combs, por sua vez, nega as acusações. "Não fiz nenhuma das coisas horríveis das quais me acusam", disse o rapper em um comunicado em suas redes em dezembro.
F.Abruzzese--PV