Pallade Veneta - Parlamento grego rejeita moção de censura contra governo por tragédia ferroviária

Parlamento grego rejeita moção de censura contra governo por tragédia ferroviária


Parlamento grego rejeita moção de censura contra governo por tragédia ferroviária
Parlamento grego rejeita moção de censura contra governo por tragédia ferroviária / foto: JOHN THYS - AFP

O Parlamento grego rejeitou, nesta quinta-feira (28), uma moção de censura contra o governo conservador, acusado de ter manipulado a investigação sobre a pior tragédia ferroviária do país, na qual morreram 57 pessoas no ano passado.

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Dos 300 deputados que integram o Parlamento unicameral grego, 159 votaram contra esta moção, apresentada pelo partido socialista PASOK e apoiada pelo Syriza, o principal partido da oposição de esquerda.

A votação encerrou três dias de debates no plenário, onde o partido do premiê Kyriakos Mitsotakis, o Nova Democracia, tem maioria absoluta.

O acidente ocorreu em 28 de fevereiro de 2023, quando um trem de carga e outro de passageiros com 350 pessoas a bordo, estudantes em sua maioria, se chocaram perto de um túnel nos arredores de Larissa (centro) pouco antes da meia-noite.

A moção foi apresentada depois que a imprensa noticiou que uma gravação de áudio na noite do acidente, muito reproduzida pela mídia na época, teria sido manipulada.

Os partidos da oposição, que asseguram que o acidente foi provocado por erro humano, responsabilizaram o governo pela suposta manipulação.

"A opinião pública chegou a uma conclusão irrevogável, que o senhor encobriu" as provas da tragédia ferroviária, disse na quarta-feira Nikos Pappas, líder do partido Syriza.

Os partidos da oposição afirmam que o governo entregou uma gravação fortemente editada a veículos de comunicação alinhados.

"A cada escândalo, a cada fato que fica impune, sua opção política é ocultar a verdade", afirmou Nikos Androulakis, líder do PASOK, referindo-se ao governo, ao apresentar a moção de censura.

Os familiares das vítimas afirmam que, apesar das promessas do governo de que faria uma investigação exaustiva, as autoridades perderam tempo e examinaram por alto provas importantes.

Especialistas designados pelas famílias afirmam que os restos do acidente foram retirados antes que os investigadores pudessem examiná-los a fundo.

M.Romero--PV