Pallade Veneta - Incêndio florestal provoca alerta em colina turística de Quito

Incêndio florestal provoca alerta em colina turística de Quito


Incêndio florestal provoca alerta em colina turística de Quito
Incêndio florestal provoca alerta em colina turística de Quito / foto: Rodrigo BUENDÍA - AFP

Parte de uma floresta da colina turística de El Panecillo, no centro histórico de Quito, foi atingida por chamas nesta quinta-feira (12), por causa de um incêndio florestal supostamente criminoso, que gerou alerta entre moradores, informaram autoridades. O serviço de emergências do país informou que não houve vítimas.

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Uma grande coluna de fumaça por trás da Virgem alada que coroa a colina pôde ser observada de vários pontos da capital equatoriana. El Panecillo é um dos ícones da área colonial que faz parte do Patrimônio Cultural da Humanidade.

Nas encostas da colina, situada 3.000 m acima do nível do mar, moradores entraram em pânico ao constatarem a vegetação queimando perto de suas residências. O pátio da casa de Luis Rueda cheirava a fumaça, e os degraus de terra improvisados que conectam com a floresta ficaram cheios de cinzas.

"Corri para tentar apagar o fogo na parte de baixo com baldes d'água", contou o morador à AFP, apontando para uma árvore chamuscada. Quando os bombeiros conseguiram apagar um dos focos, um vendaval ativou outro. "Corram, tem gente pedindo ajuda", gritava uma mulher, para alertá-los.

Cinco horas após o início do fogo, os bombeiros continuavam tentando apagá-lo. O município informou que um homem de 25 anos “em atitude suspeita” foi preso perto do local do incêndio, com “substâncias sujeitas à fiscalização [drogas] e fósforos”.

Um total de 99% dos incêndios que ocorrem na cidade são criminosos, segundo a Prefeitura. O de El Panecillo era um dos três incêndios florestais que os bombeiros combatiam hoje na capital, onde, no verão, ocorrem temperaturas elevadas e ventos fortes.

O fogo começou no lado oriental da colina e se estendeu ao sul e ao cume, onde fica a emblemática Virgem de Quito, uma estátua de alumínio composta por mais de 7.000 peças. “Para o fogo se propagar dessa forma é porque alguém o iniciou, não se apresentam condições para que combustões espontâneas aconteçam", disse à AFP o major Jorge Sánchez, dos bombeiros.

O Equador registrou neste ano cerca de 2.700 sinistros, que deixaram 11 feridos, segundo o balanço mais recente da Secretaria de Riscos. O fogo consumiu 30.641 hectares de vegetação, principalmente nas províncias andinas de Loja, Azuay, Pichincha, Imbabura e Carchi, sendo que Loja, na fronteira com o Peru, é a mais afetada, com 14.540 hectares queimados.

T.Galgano--PV