Pallade Veneta - Japão reativa reator nuclear perto da central acidentada de Fukushima

Japão reativa reator nuclear perto da central acidentada de Fukushima


Japão reativa reator nuclear perto da central acidentada de Fukushima
Japão reativa reator nuclear perto da central acidentada de Fukushima / foto: YASUYOSHI CHIBA - AFP/Arquivos

O Japão vai reativar nesta terça-feira (29) um reator nuclear, reforçado com um muro anti-tsunami, em uma região próxima da central de Fukushima, que foi muito danificada no desastre de 2011, segundo o operador da central.

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O país desativou os 54 reatores após o acidente provocado por um terremoto e um tsunami, mas desde então reativou 12 das 33 unidades ainda operacionais, mas nenhuma nas áreas mais afetadas pelo desastre de 2011.

A operadora Tohoku Electric Power Company anunciou que vai reativar a unidade número dois da central de Onagawa, na região de Miyagi (nordeste do país).

A quarta maior economia do mundo voltou a recorrer à energia nuclear para reduzir as emissões, diminuir as caras importações de combustíveis fósseis e atender a demanda dos centros de dados de inteligência artificial.

"A energia nuclear, ao lado da energia renovável, é uma importante fonte de energia descarbonizada e a nossa política é utilizá-la ao máximo, com a condição de que a segurança esteja garantida", disse o porta-voz do governo, Yoshimasa Hayashi.

O terremoto e o tsunami de 2011, que mataram quase 18 mil pessoas, também provocaram a inundação dos geradores da central de Fukushima Daiichi e o derretimento de três reatores.

Desde então, as exigências regulatórias de segurança se tornaram mais rígidas e, por exemplo, a central de Onagawa possui um muro anti-tsunami de 29 metros de altura.

"A importância de reativar (reatores nucleares) cresce diante da perspectiva de um crescimento econômico impulsionado por fontes de energia descarbonizadas", disse Hayashi.

O atual plano de governo é que as centrais nucleares gerem de 20 a 22% da energia elétrica produzida até 2030, contra 10% atualmente.

O governo também deseja aumentar a faixa da energia renovável para 36-38% (contra 20% atualmente) e reduzir a participação dos combustíveis fósseis dos atuais dois terços para 41%.

O.Pileggi--PV