Escritor americano Cormac McCarthy morre aos 89 anos
O escritor americano Cormac McCarthy, que alcançou o sucesso em uma idade avançada com romances como "Todos os Belos Cavalos" e "A Estrada", faleceu nesta terça-feira (13) aos 89 anos, de causas naturais, anunciou seu editor.
Cronista do sombrio e cruel Velho Oeste, McCarthy, autor de romances adaptados para o cinema ("Onde os Fracos Não Têm Vez") e vencedor de um Prêmio Pulitzer, morreu em sua casa em Santa Fé, no estado do Novo México, de acordo com um comunicado da editora Penguin Random House.
Nascido como Charles McCarthy em 20 de julho de 1933 em Providence, Rhode Island (nordeste dos EUA), esse autor de 12 romances "foi um dos escritores mais renomados e influentes do planeta", afirmou a Penguin Random House.
McCarthy recebeu vários prêmios prestigiosos nos Estados Unidos, incluindo um Pulitzer por "A Estrada" (2006), que narra as aventuras de um pai e um filho em um país assolado por um cataclismo de origem desconhecida.
"Cormac McCarthy mudou o curso da literatura", disse o diretor executivo da Penguin Random House, Nihar Malaviya, no comunicado.
Embora o romancista tenha encontrado o sucesso tarde em sua vida, "milhões de leitores ao redor do mundo abraçaram seus personagens, seus temas míticos e as emoções íntimas e genuínas que ele deixou em cada página de romances brilhantes que continuarão relevantes e atemporais para as gerações futuras", escreveu seu editor.
O primeiro a reagir, o autor Stephen King, reverenciou "talvez o melhor romancista americano de (sua) época" no Twitter.
E o músico de rock Jason Isbell também questionou no Twitter "quantos de nós fomos influenciados por McCarthy? Um número incontável".
Recluso e desprendido de limitações materiais - ele viveu por muito tempo em motéis de beira de estrada -, McCarthy concedeu apenas algumas entrevistas à imprensa.
A.Saggese--PV