Pallade Veneta - 'Tenho um Berlim dentro de mim', diz ator de 'La casa de papel'

'Tenho um Berlim dentro de mim', diz ator de 'La casa de papel'


'Tenho um Berlim dentro de mim', diz ator de 'La casa de papel'
'Tenho um Berlim dentro de mim', diz ator de 'La casa de papel' / foto: Thomas COEX - AFP

"O selo de Berlim é um selo forte", diz Pedro Alonso sobre a sua personagem na série "La casa de papel", vista por milhões de telespectadores em todo o mundo, e que agora protagoniza um "spin-off" que estreará no final de dezembro.

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Berlim, o maquiavélico assaltante de bancos que nunca saiu totalmente de cena graças aos inúmeros "flashbacks", terá sua própria série na Netflix, em uma produção intitulada com seu nome e que chega na plataforma em 29 de dezembro.

Manipulador, psicopata, mas também cativante e simpático, o irmão do Professor fascinou muitos espectadores. Por este motivo, a produção o manteve apesar de sua morte - um verdadeiro desafio para o ator, naquela época.

Alonso alertou aos responsáveis da série que não sabia se era "capaz de sustentar um personagem apenas no passado", e mais ainda sendo "um personagem que baseava sua força no perigo, na imprevisibilidade, no inesperado", contou o espanhol de 52 anos em uma entrevista à AFP, em Madri.

Mas funcionou bem, e "quando você interpreta um personagem que funciona bem, muitas pessoas fazem uma transferência muito louca e de repente, não importa o que você diga" mesmo que seja algo óbvio, como "dois mais dois são quatro, você é Berlim".

"O selo de 'La Casa de Papel', o selo de Berlim, é um selo forte, não há dúvida", afirma o ator, que classifica o início de seu personagem como "perverso, obscuro, difícil, muito denso".

"Todos os personagens que interpreto são eu, o que significa que o sistema de processamento do personagem está de acordo com o que eu sou (...) Claro que tenho um Berlim dentro de mim", analisa.

O protagonista, já experiente, completa que não é um ator que pretende "interpretar um personagem totalmente diferente a cada vez".

No entanto, ele hesitou em voltar a um projeto derivado de uma série com uma audiência enorme: "La Casa de Papel" foi o primeiro sucesso mundial da Netflix em um idioma diferente do inglês, e sua última temporada registrou quase 100 milhões de visualizações.

"A questão era 'quero continuar navegando nessas águas, tão expostas?'", revela Alonso. "Me questionei, não sobre o percurso do personagem ou a profundidade do personagem, mas sobre a exposição (que representa) um fenômeno tão grande como este".

Com um pouco mais de comédia e histórias românticas, a nova série retoma a história de uma equipe que prepara um assalto, desta vez em Paris, usando as catacumbas da capital francesa.

Para ele, "La Casa de Papel" tem um toque ibérico que a distingue: "há um tipo de vibração, emocional, sentimental e até mesmo física, mais do que nas referências anglo-saxônicas que temos em mente em um filme de assaltos".

D.Vanacore--PV