Pallade Veneta - Vendas na Sotheby's caem ligeiramente em 2023 após ano recorde

Vendas na Sotheby's caem ligeiramente em 2023 após ano recorde


Vendas na Sotheby's caem ligeiramente em 2023 após ano recorde
Vendas na Sotheby's caem ligeiramente em 2023 após ano recorde / foto: ANGELA WEISS - AFP

As vendas da casa de leilões Sotheby's registraram uma leve queda em 2023, a US$ 7,9 bilhões (R$ 38 bilhões, na cotação atual), frente aos oito bilhões do ano anterior (R$ 41 bilhões, na cotação média de 2022), informou a empresa de propriedade do multimilionário franco-israelense Patrick Drahi nesta segunda-feira (29).

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As vendas caíram 0,8% com relação a 2022, mas aumentaram 40% com respeito a 2019, antes da pandemia de coronavírus.

"A atividade se mantém alta, sustentável pelo aumento das transferências de patrimônio entre gerações e resultados de leilões satisfatórios", afirma o diretor-geral da Sotheby's, Charles Stewart, em comunicado.

O mercado de arte experimentou um retrocesso em 2023, sobretudo devido à queda das vendas na China, à inflação e ao aumento dos juros, ao que se somou a invasão russa da Ucrânia desde 2022 e a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza desde outubro.

Não obstante, a Sotheby's se gaba de ter organizado as vendas das duas obras de arte mais caras do ano, com "Femme à la montre" (1932), de Pablo Picasso (139 milhões de dólares, R$ 684 milhões na cotação atual) e "Dame à l'éventail", de Gustav Klimt (108 milhões de dólares, R$ 531 milhões na cotação atual).

Por sua vez, a concorrente Christie's, de propriedade da holding do bilionário francês François Pinault, a Artémis, projetou em dezembro as vendas de 2023 em 6,2 bilhões de dólares (R$ 30 bilhões, na cotação atual), 25% a menos que os 8,4 bilhões alcançados em 2022 (R$ 43 bilhões, na cotação média do ano), um exercício recorde.

Para a Christie's, esta queda se deve a "um ambiente macro difícil e à contração do mercado de arte", mas também ao caráter excepcional de 2022, marcado pela histórica venda da coleção de arte do cofundador da Microsoft, Paul Allen, que alcançou a cifra recorde de 1,62 bilhão de dólares (R$ 8,3 bilhões na cotação média do ano).

L.Guglielmino--PV