Chanel apresenta inverno à beira-mar e Louis Vuitton se abre para o futuro
A Chanel organizou, nesta terça-feira (5), um desfile que remeteu a “um inverno à beira-mar”, com grandes chapéus de praia e vestidos amplos e confortáveis.
O desfile girou em torno de uma escapadinha de fim de semana, ilustrada no telão por um diálogo em preto e branco de certa intensidade erótica entre os atores Brad Pitt e Penélope Cruz, que termina com a reserva de um quarto de hotel.
A coleção é “uma homenagem a Deauville, esse lugar mítico onde Gabrielle Chanel encontrou seu destino”, explicou a diretora artística Virginie Viard. Foi no balneário de Deauville que Gabrielle Chanel abriu em 1912 sua primeira boutique, onde vendia chapéus de praia.
O acessório foi o astro do desfile da coleção outono-inverno 2024/2025, exibido em diversas cores pelas modelos, sempre com as abas extralargas levantadas na parte frontal.
A cartela de cores da coleção variou do rosa, laranja e azul-claros às cores mutáveis do céu de Deauville.
Conjuntos românticos e vestidos leves de musseline com babados evocam o movimento das ondas e do vento. A supermodelo Gigi Hadid desfilou com um conjunto discreto de saia e suéter pretos, laço Chanel no cabelo e uma cascata de cordões de ouro no estilo anos 20.
Virginie Viard também ofereceu a seus clientes gabardines com ombros largos e casacos longos sobre conjuntos de tweed.
Naomi Campbell, Vanessa Paradis e a cantora Rachel Zegler ocuparam a primeira fila de um desfile cinematográfico.
- 'Looks' futuristas -
A Louis Vuitton desfilou à noite. Cerca de 4 mil convidados compareceram ao pátio do Louvre para prestigiar a coleção que marcou os 10 anos do estilista Nicolas Ghesquières na Vuitton.
O designer deixou em cada cadeira uma nota de agradecimento ao presidente do grupo, Bernard Arnault, que completou hoje 75 anos.
As criações futuristas e chamativas deram origem a vestidos metalizados, desde um visual todo dourado ou prateado até casacos de pele imponentes.
O chapéu também roubou a cena, em uma releitura do gorro “pussy hat”, símbolo feminista usado na versão em tricô rosa pelas opositoras do ex-presidente americano Donald Trump e da política antiaborto.
Na Miu Miu, convidados compareceram "vestindo" a coleção anterior, com pernas de fora e o estilo "no pants", apesar dos 11°C de temperatura.
O guarda-roupa invernal da estilista Miuccia Prada ganhou toques de laranja e azul, saias estruturadas e meias-calças em tons vibrantes.
A estilista pensou em um casting que desse protagonismo a sexagenárias elegantes, desde a atriz Kristin Scott Thomas até Ángela Molina.
A Lacoste, por sua vez, decidiu voltar às raízes desfilando pela primeira vez em Roland Garros. A marca, que atrai tanto jovens ricos quanto adeptos da cultura hip-hop, propôs um guarda-roupa moderno e burguês, mas com referências ao street style.
E.Magrini--PV