Pallade Veneta - G7 adota mecanismo para diversificar cadeias de abastecimento

G7 adota mecanismo para diversificar cadeias de abastecimento


G7 adota mecanismo para diversificar cadeias de abastecimento
G7 adota mecanismo para diversificar cadeias de abastecimento / foto: Kazuhiro NOGI - AFP

Os países do G7 chegaram a um acordo, neste sábado (13), para adotar até o fim do ano um mecanismo para diversificar as cadeias mundiais de abastecimentos.

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A decisão foi anunciada após uma reunião de autoridades financeiras em Niigata (centro do Japão), antes de uma reunião de governantes na próxima semana.

O novo sistema combinará assistência financeira, troca de conhecimentos e parcerias para países de baixa ou média renda, com o objetivo de ajudá-los a desempenhar um papel mais importante neste processo chave para a indústria global, de acordo com um comunicado divulgado ao final da reunião.

Os ministros não mencionaram diretamente a intenção de reduzir a dependência do comércio com a China ou a Rússia para justificar o acordo.

No entanto, a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, citou os recentes choques enfrentados pela economia mundial.

"Os efeitos da guerra russa contra a Ucrânia e as interrupções causadas pela pandemia deixaram claro a importância de uma cadeia de suprimentos diversificada e resiliente", declarou Yellen a jornalistas.

Os ministros das Finanças e chefes de bancos centrais do Grupo dos Sete destacaram a "urgente necessidade de abordar as vulnerabilidades existentes nas cadeias de suprimentos altamente concentradas".

O plano denominado RISE (Reforço de uma Cadeia de Suprimentos Resiliente e Inclusiva) será implementado em colaboração com o Banco Mundial e outras organizações internacionais competentes, detalhou o comunicado.

O pacote financeiro dedicado a este novo instrumento ainda não foi determinado, disse o vice-ministro das Finanças japonês, Masato Kanda, à imprensa.

De maneira concreta, RISE ajudaria os países não só a garantir a extração de matérias-primas para a indústria, mas também a torná-los capazes de transformá-las em seus próprios territórios, o que permitiria, pelo menos em parte, evitar passar pela China para isso.

- Ensaio antes de Hiroshima -

Os ministros justificaram que "a diversificação das cadeias de suprimentos pode contribuir para preservar a segurança energética e ajudar a manter a estabilidade macroeconômica".

Os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) também reafirmaram seu apoio "inabalável" à Ucrânia e sua condenação à "guerra de agressão ilegal e injustificável" lançada pela Rússia.

Seu apoio orçamentário e econômico à Ucrânia foi elevado a US$ 44 bilhões para 2023 e início de 2024, anunciaram no sábado. Em um relatório anterior sobre este assunto em fevereiro, a cifra era de US$ 39 bilhões.

A reunião de três dias em Niigata, uma cidade costeira no centro do Japão, ocorreu pouco antes de os líderes do grupo das grandes economias se reunirem de 19 a 21 de maio em Hiroshima.

A agenda da cúpula deve incluir o apoio à Ucrânia, a relação do G7 com a China, além de desarmamento nuclear e ações contra a mudança climática.

Na reunião em Niigata, também estiveram presentes os chefes do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e do Banco Mundial, bem como os ministros das Finanças do Brasil, Índia e Indonésia.

M.Jacobucci--PV