Pallade Veneta - Emprego sobe mais que esperado e desemprego fica em 3,7% em maio nos EUA

Emprego sobe mais que esperado e desemprego fica em 3,7% em maio nos EUA


Emprego sobe mais que esperado e desemprego fica em 3,7% em maio nos EUA
Emprego sobe mais que esperado e desemprego fica em 3,7% em maio nos EUA / foto: JOE RAEDLE - GETTY IMAGES NORTH AMERICA/AFP/Arquivos

O mercado de trabalho se manteve muito sólido em maio, nos Estados Unidos, com uma criação de empregos muito acima do esperado e uma taxa de desemprego de 3,7%, ainda baixa, mas que subiu um pouco mais do que o esperado — conforme dados divulgados pelo Departamento do Trabalho nesta sexta-feira (2).

Alterar tamanho do texto:

Em maio, foram criados 339 mil postos de trabalho nos Estados Unidos, informou o Departamento, ante a previsão de 190 mil vagas, segundo consenso da consultoria especializada MarketWatch.

Além disso, a criação de empregos nos meses de março e abril foi revisada em alta para 217 mil e 294 mil, respectivamente. Isso significa que, nestes dois meses, foram criados 93 mil empregos a mais do que o inicialmente anunciado.

Entre os setores que geraram mais vagas, estão os serviços profissionais e comerciais, trabalhos ligados ao governo, assim como os setores de assistência médica, construção, transporte e logística e assistência social.

"Hoje é um bom dia para a economia americana e para os trabalhadores americanos", disse o presidente Joe Biden em um comunicado.

Apesar dos números positivos de criação de vagas, a taxa de desemprego aumentou até um pouco mais do que o esperado, para 3,7% (+0,3 ponto), quando os analistas esperavam 3,5%. Embora esse seja o nível mais alto desde outubro de 2022, é um nível historicamente baixo.

Esta inconsistência entre a criação de postos de trabalho e a taxa de desocupação se explica, porque os dados são provenientes de duas pesquisas diferentes: uma feita junto às empresas, e a outra, junto às famílias.

"A pesquisa dos lares, usada para a taxa de desemprego, conta uma história muito diferente da pesquisa empresarial. Uma mostra fraqueza no emprego, a outra, força", disse o economista-chefe da Associação dos Banqueiros Hipotecários (MBA), Mike Fratantoni.

- Escassez de trabalhadores -

"O crescimento do emprego continua em ritmo acelerado, mas as pressões salariais não estão acompanhando o ritmo", disse Rubeela Farooqi, economista-chefe da High Frequency Economics (HFE), explicando que o crescimento do salário médio por hora "desacelerou".

Este comportamento levou o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) a dedicar particular atenção à situação do emprego, devido a seu interesse em conter a inflação galopante no país. Em março, o índice de inflação nos EUA foi de 4,2%.

Outra frente que se mantém em aberto é a escassez de trabalhadores, por causa das aposentadorias durante a pandemia da covid-19, da baixa imigração e da dificuldade das pessoas de cuidarem dos filhos. Esse quadro levou os empregadores a aumentarem os salários, puxando a inflação.

Desde março de 2022, para atingir sua meta de longo prazo de 2%, o Fed aumentou repetidamente suas taxas de referência. Em sua próxima reunião, de 13 a 14 de junho, poderá aumentá-las pela 11ª vez consecutiva, ou pausar essa política para ver os efeitos das altas existentes.

A principal taxa de juros do Fed está, hoje, em uma faixa entre 5,00% e 5,25%. É a mais alta desde 2006.

O presidente da filial do Fed na Filadélfia — área de referência para a indústria —, Patrick Harker, enfatizou na quinta-feira que "também deve haver uma política de imigração sensata para trazer as pessoas de que precisamos" para o mercado de trabalho.

Embora os empregadores ainda tenham "dificuldade em encontrar trabalhadores em uma ampla gama de níveis de qualificação e setores econômicos", vê-se uma "contratação mais fácil nos setores de construção, transporte e finanças", de acordo com o último Livro Bege. Divulgado na quarta-feira, esse relatório do Fed funciona como um termômetro da atividade.

L.Bufalini--PV

Apresentou

Nova York instalará pedágio em Manhattan antes da posse de Trump

Nova York introduzirá um polêmico pedágio para os veículos que entrarem em Manhattan, com o objetivo de reduzir o tráfego, melhorar a qualidade do ar e financiar o transporte público, antes da posse de Donald Trump, que se opõe fervorosamente a essa medida.

Independência dos bancos centrais é fundamental para a economia, ressalta governadora do Fed

Um banco central independente é fundamental para a economia, ressaltou nesta quinta-feira (14) uma integrante do Conselho de Governadores do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), no Uruguai, em meio a preocupações de que o presidente eleito Donald Trump tente influenciar sua instituição.

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

A União Europeia anunciou nesta quinta-feira (14) que está multando a Meta, proprietária do Facebook e do Instagram, em 798 milhões de euros (cerca de US$ 840 milhões ou R$ 4,8 trilhões) por práticas anticompetitivas no mercado de publicidade on-line.

Irã diz que quer esclarecer 'dúvidas e ambiguidades' sobre o seu programa nuclear

O presidente iraniano, Masud Pezeshkian, afirmou nesta quinta-feira (14) que quer esclarecer "dúvidas e ambiguidades" sobre o programa nuclear da República Islâmica, ao receber o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, que exigiu que a cooperação com o Irã leve a "evitar a guerra".

Alterar tamanho do texto: