Pallade Veneta - China suspende publicação de dados sobre desemprego entre os jovens

China suspende publicação de dados sobre desemprego entre os jovens


China suspende publicação de dados sobre desemprego entre os jovens
China suspende publicação de dados sobre desemprego entre os jovens / foto: Jade Gao - AFP

O governo da China anunciou nesta terça-feira (15) que suspendeu a publicação de estatísticas sobre o desemprego entre os jovens, no momento em que vários indicadores geram preocupação sobre o estado da segunda maior economia do mundo.

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Nos últimos meses, a grande economia asiática acumula uma série de indicadores decepcionantes que parecem apontar uma desaceleração da recuperação após a pandemia de covid-19.

Um dos principais fatores era o desemprego entre os jovens, que registrou o nível recorde de 21,3% em junho.

O resultado do mês de julho deveria ser divulgado nesta terça-feira, mas o Escritório Nacional de Estatísticas anunciou que não publicará mais os dados do desemprego separados por grupos etários devido à necessidade de "melhorar e otimizar os estudos estatísticos do mercado de trabalho".

"A partir de agosto, a publicação das taxas de desemprego urbano para jovens e outras faixas etárias no país será suspensa", disse o porta-voz do Escritório, Fu Linghui, em uma entrevista coletiva.

A taxa de desemprego global aumentou em julho a 5,3%, um décimo acima do resultado de junho, informou o organismo estatal.

Os dados oficiais também mostraram um crescimento de 2,5% das vendas no varejo, abaixo das expectativas dos analistas, e o aumento da produção industrial de 3,7%, abaixo dos 4,4% registrados em junho.

Pouco depois do anúncio dos indicadores e da suspensão da publicação dos números do desemprego entre os jovens, o Banco Central chinês reduziu uma taxa de juros crucial para tentar estimular o crescimento.

Os dados sugerem que a China pode enfrentar problemas para cumprir a meta de crescimento de 5% ao ano estabelecida para 2023, uma das menores das últimas décadas.

No primeiro semestre do ano, o PIB da segunda maior economia mundial cresceu apenas 0,8%.

Z.Ottaviano--PV