Pallade Veneta - Mercado de trabalho dos EUA se manteve sólido em setembro

Mercado de trabalho dos EUA se manteve sólido em setembro


Mercado de trabalho dos EUA se manteve sólido em setembro
Mercado de trabalho dos EUA se manteve sólido em setembro / foto: Bryan R. SMITH - AFP

O mercado de trabalho nos Estados Unidos se manteve sólido em setembro, com uma taxa de desemprego que continuou em queda, impulsionada pela criação de empregos maior que o esperado, a menos de um mês das eleições presidenciais.

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A taxa de desemprego caiu para 4,1% em setembro, uma leve diminuição em relação aos 4,2% de agosto, mas que confirma a tendência observada durante o verão no hemisfério norte.

A queda da taxa de desemprego em setembro é explicada por um forte aumento na criação de postos de trabalho, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (4) pelo Departamento do Trabalho.

Cerca de 254.000 empregos foram criados em setembro na maior economia do mundo, frente a 159.000 em agosto, uma cifra que, por sua vez, foi revisada para cima.

Os analistas esperavam a criação de 135.000 postos de trabalho, segundo o consenso reunido pela Briefing.com.

O Departamento de Trabalho também revisou para cima os números dos meses anteriores.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que deixará a Casa Branca no dia 20 de janeiro, celebrou a "boa notícia para os trabalhadores americanos e suas famílias".

Os dados de setembro levam em conta o impacto do furacão Francine, que atingiu a Louisiana, embora com efeitos limitados sobre o emprego.

As informações não incluem as consequências do furacão Helene, que devastou a costa sudeste dos Estados Unidos, da Flórida à Virgínia.

- Diferenças por setores -

Os dados "confirmam as afirmações do presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Jerome Powell: a economia vai bem, cria empregos e não mostra sinais de contração", afirmaram os economistas da HFE em uma nota de análise.

Embora o desemprego tenha caído na comparação mensal, houve um aumento considerável em relação a setembro de 2023: 0,3 pontos percentuais. Esse número representa 500.000 pessoas a mais buscando ocupação.

Em termos percentuais, o desemprego está se aproximando das taxas anteriores à pandemia, com uma taxa de participação na população ativa que se mantém estável há três meses, em 62,7% da população em idade de trabalhar.

"A todos os níveis", os números de setembro "mostraram um mercado de trabalho mais sólido do que o esperado", confirmou, por sua vez, o economista-chefe da MBA SVP, Mike Fratantoni. "Mas o crescimento se concentrou em alguns setores, como bares e restaurantes, que podem sofrer se os consumidores continuarem a reduzir seus gastos não essenciais", alertou.

O setor de saúde também teve um desempenho positivo.

Por outro lado, as indústrias de extração de matérias-primas, comércio e transporte se mantiveram estáveis no número de trabalhadores empregados.

O salário por hora no setor privado, por sua vez, cresceu 0,4% em relação a agosto e 4% em comparação com setembro do ano passado.

O bom desempenho do mercado de trabalho, que o Fed acompanha com a mesma atenção que a inflação, dado que o ritmo de encarecimento de preços se estabilizou nos Estados Unidos, afasta a possibilidade de ações urgentes por parte do banco central.

O Fed tem um objetivo duplo: controlar a inflação e manter o pleno emprego.

O banco central cortou sua taxa de juros de referência pela primeira vez desde 2020 no fim de setembro, em meio ponto percentual.

Os mercados esperam um novo corte durante a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (FOMC) no início de novembro, da ordem de 0,25 pontos percentuais. A reunião do Fed ocorrerá imediatamente após as eleições presidenciais, que acontecerão no dia 5 de novembro.

L.Barone--PV