Pallade Veneta - Em reunião com Dilma, Putin pede aumento do comércio em moedas nacionais para minimizar 'riscos políticos externos'

Em reunião com Dilma, Putin pede aumento do comércio em moedas nacionais para minimizar 'riscos políticos externos'


Em reunião com Dilma, Putin pede aumento do comércio em moedas nacionais para minimizar 'riscos políticos externos'
Em reunião com Dilma, Putin pede aumento do comércio em moedas nacionais para minimizar 'riscos políticos externos' / foto: Alexander NEMENOV - POOL/AFP

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu nesta terça-feira (22) o aumento do comércio em moedas nacionais para minimizar os "riscos políticos externos", antes do início da reunião de cúpula dos Brics em Kazan.

Alterar tamanho do texto:

"Um aumento dos pagamentos em moedas nacionais torna possível minimizar os riscos políticos externos", disse Putin, durante uma reunião com a ex-presidente do Brasil Dilma Rousseff, presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), conhecido com banco dos Brics, grupo de países emergentes.

A Rússia é alvo, desde o início da ofensiva na Ucrânia em 2022, de sanções ocidentais, em particular financeiras, e o presidente russo pede com frequência a redução da dependência da economia russa do dólar, uma moeda considerada "tóxica" por Moscou.

O estabelecimento de um sistema de pagamentos internacional permitiria competir com o Swift (Sociedade para Telecomunicações Financeiras Interbancárias Mundiais), do qual a maioria dos bancos russos foi excluída.

Dilma Rousseff também apoiou a ideia de aumentar o comércio em moedas nacionais durante uma reunião que contou com a presença da presidente do Banco Central Russo (BCR), Elvira Nabiulina, e do chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov.

"No momento, os países do Sul Global têm uma grande necessidade de financiamento, mas as condições para obtê-lo são muito complicadas", reconheceu, segundo suas declarações traduzidas para o russo.

O banco dos Brics foi criado como alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, duas instituições controladas pelos países ocidentais.

B.Fortunato--PV