Pallade Veneta - Biden visita Angola para reafirmar ambições americanas na África

Biden visita Angola para reafirmar ambições americanas na África


Biden visita Angola para reafirmar ambições americanas na África
Biden visita Angola para reafirmar ambições americanas na África / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

O presidente americano, Joe Biden, se reuniu, nesta terça-feira (3), com seu homólogo angolano, João Lourenço, no marco de uma visita a esse país do sul da África, centrada em um importante projeto de infraestrutura que busca afirmar os laços de Washington com o continente, em face ao crescimento da China na região.

Alterar tamanho do texto:

Biden, que entregará o poder a Donald Trump em 20 de janeiro, chegou na noite de segunda-feira ao país lusófono e rico em petróleo. Durante sua visita, abordará temas como comércio e investimentos, segurança, estabilidade e o fortalecimento da cooperação bilateral.

Enquanto o comboio dos EUA passava pelas ruas de Luanda, escoltado por policiais e soldados, muitos moradores se inclinavam para fora das janelas e varandas para cumprimentar o presidente dos EUA.

No final do dia, Biden fará um discurso no Museu Nacional da Escravidão, nos arredores da capital.

Angola foi um importante fornecedor de escravizados para o comércio transatlântico para as Américas.

Os Estados Unidos anunciaram em um comunicado que destinarão mais de 200.000 dólares para apoiar a restauração e preservação do prédio, que foi propriedade de um comerciante de escravizados.

Na segunda-feira à noite, Biden se reuniu com Wanda Tucker, descendente da primeira criança escravizada nascida nos Estados Unidos, cujos pais, transportados para a Virgínia em 1619, eram originários do território que hoje faz parte de Angola.

Na quarta-feira, Joe Biden viajará para Lobito, uma cidade portuária a cerca de 500 quilômetros ao sul de Luanda, para destacar o principal projeto de sua presidência na África: o “Corredor do Lobito”.

Lá, ele se reunirá com líderes da República Democrática do Congo, Zâmbia e Tanzânia, os outros países envolvidos no projeto ferroviário que visa transportar matérias-primas estratégicas, como cobre e cobalto, para o porto de Lobito.

O “Corredor do Lobito”, também apoiado pela União Europeia, é concebido como um sinal das ambições dos EUA na África, um continente relativamente negligenciado nos últimos anos pela principal potência mundial, enquanto a China investe maciçamente na região.

U.Paccione--PV