Pallade Veneta - Marcha universitária desafia ajuste de Milei na Argentina

Marcha universitária desafia ajuste de Milei na Argentina


Marcha universitária desafia ajuste de Milei na Argentina
Marcha universitária desafia ajuste de Milei na Argentina / foto: Luis Robayo - AFP/Arquivos

Estudantes universitários e professores argentinos protestam nesta quarta-feira (2) em uma marcha em repúdio ao ajuste econômico do governo de Javier Milei, determinado a vetar uma lei recém-aprovada pelo Congresso que visa melhorar o orçamento das universidades.

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Horas antes da convocação, marcada para as 17h (mesmo horário em Brasília), os estudantes começaram a chegar aos terminais ferroviários da capital argentina para se dirigirem à praça em frente ao Congresso Nacional, epicentro do protesto que será replicado nas principais cidades do país.

O governo qualificou a marcha como "política" e as reivindicações por aumentos salariais dos professores como "injustificadas", em um cenário social cada vez mais tenso e um declínio acentuado da popularidade do presidente, segundo as pesquisas.

O protesto, com o apoio de sindicatos e organizações sociais, concentra-se em uma lei aprovada em 13 de setembro que recompõe os salários dos professores e trabalhadores das universidades públicas para confrontar o impacto da inflação de 236% na comparação anual em agosto.

Milei ameaçou um "veto total" após a aprovação do Congresso. O presidente tem até quinta-feira para rejeitar a lei. O protesto deseja pressionar o Congresso para que não ratifique o eventual veto presidencial.

O governo chamou os legisladores de "degenerados fiscais" por aprovarem uma lei cujo impacto fiscal foi estimado em 0,14% do Produto Interno Bruto, segundo o Gabinete de Orçamento do Congresso.

"O que nos opomos é que o Congresso aprove leis que não tenham um item orçamentário atribuído, ou seja, que não possam ser financiadas", disse o porta-voz presidencial Manuel Adorni na segunda-feira.

Os organizadores buscam repetir a maciça manifestação universitária de 23 de abril, a maior até agora contra uma política de Milei, após a qual o governo reforçou fundos para despesas de infraestruturas e hospitais universitários.

P.Colombo--PV