Pallade Veneta - 'Dinizismo' faz sua estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026

'Dinizismo' faz sua estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026


'Dinizismo' faz sua estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026
'Dinizismo' faz sua estreia nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026 / foto: CARL DE SOUZA - AFP

O 'Dinizismo', futebol característico do técnico Fernando Diniz, que tem seduzido a América do Sul, inicia sua jornada na seleção brasileira nesta sexta-feira (7), quando o Brasil recebe a fraca Bolívia em sua estreia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.

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O maior desafio de Diniz no estádio Olímpico do Mangueirão, em Belém, às 21h45 horário de Brasília) é que com pouco tempo de treinos seus jogadores consigam executar um estilo contrário ao jogo posicional que seus clubes costumam utilizar na Europa.

O 'Dinizismo' não possui posições rígidas e prioriza a busca pela bola em detrimento da cobertura espacial propiciando para muitos um futebol bonito.

O estilo teve altos e baixos no Fluminense, time também comandado por Diniz e que é atualmente o quinto colocado no Campeonato Brasileiro, semifinalista da Libertadores e em abril deste ano conquistou o bicampeonato carioca.

Fernando Diniz será o técnico da seleção até que o contrato do italiano Carlo Ancelotti com o Real Madrid se encerre e assuma o Brasil, em meados de 2024, segundo o presidente da Confederação Brasileira de Futebol.

"Para mim é muito diferente do que eu fui habituado nos últimos anos. É um desafio. Ele tem consciência de que é impossível já de início ele colocar aquilo que ele tem de jogo. Então, para ele, é também importante que a gente jogue um pouco com aquilo que nos deu sempre segurança, nossa base", explicou o lateral Danilo.

- Aposta em Neymar -

O talento de Neymar será muito valioso para essa aposta num futebol atraente, que Tite sofreu para implantar até sua saída após o fracasso na Copa do Catar-2022. Mas o nível e o estado físico do camisa 10 são outras incógnitas para o primeiro jogo do Brasil nas Eliminatórias.

'Ney' ainda não estreou no seu novo time, o Al-Hilal, para o qual se transferiu em meados de agosto. O técnico da equipe saudita, o português Jorge Jesus, afirmou que ele chegou com uma "pequena lesão" e até questionou se ele poderia jogar agora pela seleção brasileira.

A dolorosa eliminação nas quartas de final da última Copa do Mundo, contra a Croácia nos pênaltis, fez o ex-jogador do Paris Saint-Germain questionar sua continuidade com a 'amarelinha'.

Mas o atacante de 31 anos reconsiderou, treinou ao lado dos companheiros da seleção e deve ser titular contra a Bolívia.

"Esperamos que ele esteja alegre, em seu melhor nível, porque quando ele está assim é difícil de segurar", disse Danilo.

- Sem Vinicius Jr -

Embora a princípio o adversário não pareça ameaçador, o Brasil precisa do seu camisa 10 para comandar um ataque que não poderá contar com Vinicius Júnior, a nova maior esperança do futebol brasileiro.

O atacante do Real Madrid, de 23 anos, sofreu uma lesão muscular na coxa direita durante uma partida do Campeonato Espanhol, em agosto, e vai perder as duas primeiras rodadas das Eliminatórias Sul-Americanas para o Mundial dos Estados Unidos, Canadá e México-2026. O Brasil enfrenta o Peru na terça-feira, em Lima.

Raphinha, convocado para substituir Vini, poderá ser titular em uma equipe que manteria a base daquela que jogou no Catar.

- Início difícil para a Bolívia -

O técnico Gustavo Costas não poderia ter uma estreia mais complicada em torneios oficiais: ele visita o Brasil e recebe a campeã mundial, a Argentina, na terça-feira, em La Paz.

O premiado treinador argentino almeja somar pelo menos um ponto diante da seleção canarinho, no momento em que comanda uma equipe sem grandes nomes e com o futebol mergulhado numa crise.

A esperança de 'La Verde' de voltar a uma Copa do Mundo (teve sua única participação nos Estados Unidos em 1994) passa pela ampliação das cotas da América do Sul para o torneio de 2026: (passou de 4,5 vagas para 6,5).

Prováveis escalações:

Brasil: Ederson - Danilo, Marquinhos, Gabriel Magalhães, Renan Lodi - Casemiro, Bruno Guimarães - Neymar, Rodrygo, Raphinha - Richarlison. Técnico: Fernando Diniz.

Bolívia: Carlos Lampe - Diego Medina, Jairo Quinteros, Adrián Jusino, Marcelo Suárez, Carlos Roca - Diego Bejarano, Fernando Saucedo, Gabriel Villamíl, Jaime Arrascaita - Marcelo Martins. Técnico: Gustavo Costas.

Árbitro: Juan Benítez (PAR)

F.Abruzzese--PV