Pallade Veneta - Brasil decepciona mais uma vez antes de encarar Argentina de Messi

Brasil decepciona mais uma vez antes de encarar Argentina de Messi


Brasil decepciona mais uma vez antes de encarar Argentina de Messi
Brasil decepciona mais uma vez antes de encarar Argentina de Messi / foto: Juan BARRETO - AFP

A fase da Seleção não é boa. Pela primeira vez o Brasil sofre duas derrotas consecutivas nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, não brilha e sua defesa, que já foi um dos pontos fortes da equipe, agora é vulnerável. A situação, no entanto, pode piorar: na próxima terça-feira, terá pela frente a Argentina de Lionel Messi, no Maracanã.

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Em uma noite inesquecível para o atacante Luis Díaz, autor de dois gols, a Colômbia derrotou o Brasil em Barranquilla (2 a 1) pela primeira vez na história das Eliminatórias.

A virada colombiana aumentou a pressão sobre Fernando Diniz, não só pelos números negativos, mas também pela falta de desempenho, o que se esperava do técnico que fez de seu cartão de visita um estilo ofensivo e um futebol vistoso.

A Seleção de Diniz, quinta colocada das Eliminatórias com 7 pontos em cinco jogos, está há três jogos sem vencer: empate em casa com a Venezuela (1 a 1) e derrotas como visitante para Uruguai (2 a 0) e Colômbia.

As duas únicas vitórias foram sobre Bolívia (5 a 1) e Peru (1 a 0), penúltimo e último colocados, respectivamente.

E a defesa brasileira, muito sólida na era Tite (2016-2022), sofreu seis gols, um a mais do que em toda a campanha das Eliminatórias para o Mundial de 2022.

"O Brasil tem que criar mais, tem que ser mais soberano, não se ganha com a camisa, se ganha com o jogo. Não fizemos o suficiente para sair com a vitória", disse o goleiro Alisson após a derrota para a Colômbia.

- As explicações de Diniz -

O goleiro do Liverpool da Inglaterra foi destaque em Barranquilla, onde o Brasil começou bem em cada tempo, mas foi se apagando. No total, a seleção colombiana finalizou 23 vezes, dez na direção do gol e cinco com a intervenção de Alisson.

Diniz atribuiu a derrota a erros de marcação e à falta de definição dos jogadores, que tiveram chances claras para ampliar o placar após o gol de Gabriel Martinelli logo aos três minutos, com passe de Vinícius Júnior, que saiu lesionado.

Mas o treinador também ressaltou a falta de tempo para treinar - assumiu o cargo em julho, conciliando com o comando do Fluminense -, os desfalques e a renovação da equipe em relação ao elenco que esteve na Copa do Mundo do Catar.

Dos 23 jogadores disponíveis em Barranquilla, apenas sete estiveram na derrota para a Croácia nas quartas de final do Mundial de 2022. E para esta rodada dupla, Diniz não pôde contar com titulares absolutos: o goleiro Ederson, o lateral Danilo, o volante Casemiro e o atacante Neymar, todos lesionados.

"Eu acho que tem que levar em consideração isso e olhar para o lado positivo, das coisas positivas que teve hoje aqui", afirmou o treinador, campeão da Libertadores com o Fluminense há duas semanas.

- Invencibilidade em casa ameaçada -

Poucos duvidam da classificação do Brasil para a Copa do Mundo de 2026, especialmente porque a América do Sul dá seis vagas diretas ao torneio, além de uma repescagem.

Mas Diniz pode ter ainda mais problemas quando receber a Argentina no Maracanã.

Contra a Colômbia, o atacante Vinícius Júnior saiu lesionado aos 27 minutos do primeiro tempo com dores na coxa esquerda e não deve enfrentar a 'Albiceleste', que na quinta-feira foi derrotada pelo Uruguai em La Bombonera por 2 a 1, mas ainda lidera as Eliminatórias com 12 pontos.

Sem Neymar, Vini tinha a responsabilidade de liderar o Brasil contra um adversário que quer continuar fazendo história: depois de vencer a final da Copa América de 2021 por 1 a 0 no Maracanã, a Argentina quer quebrar a invencibilidade da Seleção como mandante nas Eliminatórias.

Essa eventual derrota pode marcar negativamente o nome de Diniz, que tem contrato até meados de 2024, quando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, garante que o italiano Carlo Ancelotti, do Real Madrid, assumirá a equipe.

O duelo contra os argentinos será o último do ano e também deve ser o último oficial de Diniz à frente da Seleção, pois as sétima e oitava rodadas das Eliminatórias serão disputadas em setembro do ano que vem. Em março, o Brasil fará amistosos contra Espanha e Inglaterra.

"A gente tem que estar preparado para tudo", disse o treinador. "Mas a gente vai jogar na nossa casa, no Maracanã. O estádio deve estar cheio. E a gente vai fazer de tudo para entregar aquilo que o torcedor deseja".

B.Cretella--PV