Pallade Veneta - Marcelo, o colecionador de títulos de volta para casa

Marcelo, o colecionador de títulos de volta para casa


Marcelo, o colecionador de títulos de volta para casa
Marcelo, o colecionador de títulos de volta para casa / foto: Pablo PORCIUNCULA - AFP

O nome de Marcelo Vieira é sinônimo de títulos. Com uma galeria de troféus tão extensa quanto sua carreira na lateral-esquerda, o ex-jogador do Real Madrid vai ao seu quinto Mundial de Clubes, o primeiro com a camisa do Fluminense, com o objetivo de fazer o que faz de melhor: levantar taças.

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Quando um jogador de 34 anos, como foi o caso de Marcelo, deixa um clube da elite europeia depois de 16 anos, o habitual é optar pela aposentadoria ou por empreender aventuras menos ambiciosas em diferentes centros, mas com remuneração generosa e longe da pressão constante por vitórias.

Mas o jogador que durante tanto tempo fez da lateral esquerda do Santiago Bernabéu o corredor central de sua vida não faz parte desse perfil, apesar de uma passagem discreta pelo Olimpiakos após sua saída do clube merengue.

- Fome de vitórias -

Depois de apenas cinco meses no clube grego, Marcelo voltou para casa, ao Fluminense, onde foi revelado e deu o salto para a Europa em 2006. Com o tricolor, Marcelo vive uma segunda juventude e volta a mostrar uma fome voraz de títulos.

Porque o vencedor de cinco Ligas dos Campeões pelo Real Madrid levou o Fluminense a conquistar sua primeira Copa Libertadores, após a vitória na final sobre o Boca Juniors na final (2-1), num jogo em que foi titular e mostrou que a afinidade de Marcelo com o sucesso não tem prazo de validade.

No Santiago Bernabéu é uma lenda; jogador com mais títulos pelo Real Madrid ao lado do francês Karim Benzema, ganhou além das cinco 'Orelhudas' e dos quatro Mundiais, seis Campeonatos Espanhóis, duas Copas do Rei, cinco Supercopas da Espanha e três da Europa.

Mas foi a Libertadores no Maracanã que levou o tricolor carioca ao torneio que reúne os campeões de cada confederação mundial, além do campeão do país anfitrião, e cuja edição 2023 é disputada na Arábia Saudita.

Algo que dificilmente passaria pela cabeça de Marcelo quando, há um ano, as lesões e a falta de adaptação ao futebol grego não pressagiavam o sucesso atual.

"Primeiro, tínhamos o Campeonato Carioca e logo depois começaríamos a campanha na Libertadores. Ainda era muito cedo. Quando cheguei, ou ainda antes de que eu chegasse, tínhamos esse sonho de ganhar a Libertadores e disputar a Copa do Mundo de Clubes, mas, no começo, para ser sincero, pensávamos sobre isso, mas era um sonho muito distante", confessou Marcelo em entrevista concedida à Fifa nesta semana.

- 'Time da juventude' -

"Cada Mundial que ganhei pelo Real Madrid teve um sabor diferente. Tive a chance de disputar quatro edições e ganhar as quatro. Agora, tem um sabor especial porque estou disputando o Mundial com o meu time da juventude", reconheceu.

Agora Marcelo está a dois jogos de mais um título mundial. O primeiro deles será na segunda-feira, nas semifinais contra o egípcio Al Ahly. Uma vitória pode permitir ao Fluminense um novo duelo entre Marcelo e o técnico do Manchester City, Pep Guardiola, que tantas vezes se enfrentaram com Real Madrid e Barcelona.

"Por respeito aos nossos adversários, nunca digo isso antes de nenhuma competição. Temos o que é preciso para disputar a Copa do Mundo de Clubes, para jogar, para lutar pelo título, mas sabemos que tem outras equipes que querem ganhar o Mundial. Não sei dizer se vamos ganhar ou não, porque ainda não começamos a nossa campanha, mas estamos com força total e acreditamos muito", disse Marcelo ao ser perguntado se irá levantar o troféu do Mundial de clubes pela quinta vez.

J.Lubrano--PV