Aposta de Diniz nos veteranos leva Fluminense à final do Mundial de Clubes / foto: Giuseppe CACACE - AFP
Aposta de Diniz nos veteranos leva Fluminense à final do Mundial de Clubes
Com sete dos 11 titulares na semifinal no Mundial de Clubes acima dos 33 anos, a aposta do técnico Fernando Diniz nos veteranos segue rendendo frutos para o Fluminense, atual campeão da Copa Libertadores, que na próxima sexta-feira pode se tornar campeão do mundo.
Um pênalti sofrido pelo lateral Marcelo (35 anos), uma atuação sólida do goleiro Fábio (43 anos) e uma exibição de velocidade de Felipe Melo (40 anos) na zaga ajudaram o tricolor carioca a vencer por 2 a 0 o Al Ahly e conseguir uma vaga na final contra o Manchester City.
A presença no time titular - o mesmo entrou em campo contra o Boca Juniors na decisão da Libertadores (vitória por 2 a 1 na prorrogação) - do lateral-direito Samuel Xavier, de 33 anos, do meia Paulo Henrique Ganso (35) e dos atacantes Keno (34) e Germán Cano (35) comprovaram que Diniz não olha para a certidão de nascimento de seus jogadores e que o valor deles não se limita ao jogo ofensivo e corajoso.
Na véspera do jogo contra o Al Ahly, Diniz foi questionado em entrevista coletiva sobre a possibilidade de vários jogadores do Flu terem problemas para acompanhar o ritmo e a velocidade que os egípcios iriam impor.
"As pessoas podem perceber dessa forma. Vejo um time de jogadores extremamente talentosos que nos ensinam todos os dias os caminhos para sermos campeões. Keno, Marcelo, Felipe Melo, Ganso, Fábio são campeões”, explicou o técnico de 49 anos, apenas seis anos mais velho que seu goleiro titular.
- Exemplo para os jovens -
"São pessoas extremamente sérias e comprometidas com o trabalho. E não dá para afirmar que tivemos problemas por conta da idade deles e que eles não correram", acrescentou. "Aproveitamos muito da imensa categoria desses jogadores, profissionalismo, generosidade que eles têm, o ensinamento que eles passam para os mais jovens".
A vitória sobre o time egípcio no estádio King Abdullah Sports City, em Jidá, veio a reforçar a tese de Diniz, que voltou a ser perguntado sobre seus jogadores mais velhos.
Marcelo "fez a diferença. A jogada mais importante do jogo foi dele. Felipe Melo fez um jogo brilhante, sólido e foi o dono da situação".
Se o pênalti sofrido por Marcelo foi decisivo, tão importante quanto esse lance foi o corte providencial de Felipe Melo, quando o rápido sul-africano Percy Tau surgiu cara a cara diante de Fábio em um contra-ataque do Al Ahly.
Contra os egípcios, o zagueiro se tornou o jogador de linha mais velho a disputar uma partida do Mundial de Clubes.
"É um verdadeiro orgulho para mim, aos 40 anos, jogar este Mundial de Clubes e quebrar este recorde", disse Felipe Melo à Fifa. "Aos 40 anos, ser campeão da Libertadores e, além disso, ser um dos jogadores importantes nesta conquista, chegar ao Mundial de Clubes e disputar o Mundial de Clubes, é emocionante", concluiu.
B.Cretella--PV
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