Pallade Veneta - A constelação 'Citizen', último obstáculo entre o Fluminense e a consagração

A constelação 'Citizen', último obstáculo entre o Fluminense e a consagração


A constelação 'Citizen', último obstáculo entre o Fluminense e a consagração
A constelação 'Citizen', último obstáculo entre o Fluminense e a consagração / foto: Giuseppe Cacace - AFP

Ser consagrado oficialmente o melhor time do mundo. Essa é a meta do Fluminense na véspera da final do Mundial de Clubes, na qual o tricolor carioca vai enfrentar, na sexta-feira, às 15h de Brasília, o campeão europeu, Manchester City, que entrará em campo sem Erling Haaland, mas com uma constelação de craques, para fechar com chave de ouro um ano histórico.

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Embora a equipe inglesa seja considerada, atualmente, a melhor do mundo por seu elenco, treinador e pelos títulos que conquistou nesta temporada, o 'Flu' está a 90 minutos de adquirir esta condição e entrar nesta seleta lista, trazendo de volta ao Brasil e à América do Sul um título mundial que não atravessa o oceano desde a vitória do Corinthians em 2012.

. Uma primeira vez

Se a conquista do título mundial é por si só uma motivação suficiente para qualquer clube, para o Fluminense e o Manchester City soma-se a possibilidade de registrarem o seu nome pela primeira vez no pódio mais alto do torneio, no qual sucederiam ao Real Madrid.

O vencedor poderá se orgulhar de ter vencido a última edição do formato atual do Mundial de Clubes — que foi realizado de forma ininterrupta desde 2005 —, antes da transição em 2025 para uma competição com 32 equipes e que ocorrerá a cada quatro anos.

"É o jogo mais importante da minha vida. Para mim o próximo jogo sempre é o mais importante. Também coincide de ser o jogo, historicamente, mais singular. É uma decisão de título mundial", disse o treinador do tricolor carioca e da seleção brasileira, em entrevista coletiva.

Se o tricolor carioca conquistou de forma inédita a Copa Libertadores em 2023, o 'City' também se consagrou faturando a sua primeira Liga dos Campeões, e se vencer amanhã, poderá se tornar o primeiro clube inglês a ganhar o Mundial de Clubes em sua primeira participação, depois que Manchester United, Liverpool e Chelsea não conseguiram fazê-lo na primeira tentativa.

. Duelo de estilos

Diferentes até no estilo de se vestir, Pep Guardiola, com seus habituais ternos elegantes, e Fernando Diniz com seu carimbado traje esportivo, também protagonizarão um duelo de estilos de jogo na sexta-feira, no King Abdullah Sports City Stadium, em Jidá.

Embora ambos valorizem a posse de bola, o antagonismo parece evidente no jogo mais posicional do espanhol, frente à anarquia dos movimentos dos jogadores comandados pelo brasileiro, que tenta absorver aspectos do futebol das ruas na elite do profissional.

"Pela forma como eles jogam, exige muito esforço, aceitar que jogaremos contra uma equipe com um estilo que nunca enfrentamos, não é posicional, eles se movimentam muito, então temos que impor nosso ritmo e nosso jogo posicional em tudo o que for possível", analisou Guardiola.

Mas a pressão alta da equipe de Diniz pode acabar deixando espaços abertos na defesa e gerar problemas contra o rival, que se nas semifinais com o Al-Ahly conseguiu frustrar o goleiro Fábio ou o zagueiro veterano Felipe Melo, a qualidade dos 'Citizens' poderia incomodar muito.

. Sem Haaland

Embora Pep Guardiola tenha que montar o seu time titular sem o seu artilheiro, Erling Haaland, que perdeu as últimas quatro partidas de sua equipe devido a uma lesão no pé — apesar de estar na Arábia Saudita com a delegação inglesa —, também precisará contornar as ausências dos belgas Kevin De Bruyne e Jeremy Doku.

Diniz, pelo contrário, terá seu elenco completo à disposição, com a missão de gol confiada ao argentino Germán Cano, enquanto o outro artilheiro da final da Libertadores, John Kennedy, que também marcou na semifinal da segunda-feira contra o campeão egípcio, pode começar o confronto no banco para funcionar como um recurso de luxo se as coisas piorarem.

O goleiro Fábio, de 43 anos, se tornará o jogador mais velho a disputar uma final da competição, superando o italiano Paolo Maldini, do Milan, que tinha 39 anos quando jogou em 2007. Eles são 20 anos mais velhos que atacante argentino Julián Álvarez, que embora não tenha sido titular na semifinal contra o Urawa Red Diamonds, pode ter a oportunidade na sexta-feira.

O terceiro lugar do torneio terá pontapé inicial às 14h30 (horário de Brasília), e será disputado entre o Urawa Red Diamonds e o Al-Ahly no estádio Estádio Príncipe Abdullah al-Faisal.

Prováveis escalações (fonte Fifa):

Manchester City: Ederson; Kyle Walker, John Stones, Ruben Dias, Josko Gvardiol; Rico Lewis, Rodri; Bernardo Silva, Phil Foden, Jack Grealish; Julian Alvarez.

Fluminense: Fábio; Samuel Xavier, Nino, Felipe Melo, Marcelo; André, Martinelli; Jhon Arias, Ganso, Keno; German Cano.

C.Grillo--PV