Pallade Veneta - Lula condena invasão da Ucrânia após críticas dos EUA

Lula condena invasão da Ucrânia após críticas dos EUA


Lula condena invasão da Ucrânia após críticas dos EUA
Lula condena invasão da Ucrânia após críticas dos EUA / foto: EVARISTO SA - AFP

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou, nesta terça-feira (18), durante um discurso oficial, a "violação da integridade territorial da Ucrânia", após o Brasil ser alvo de duras críticas dos Estados Unidos por declarações sobre o conflito.

Alterar tamanho do texto:

Na segunda-feira, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Kirby, acusou o Brasil de "papaguear" a "propaganda russa e chinesa" sobre a guerra, depois que Lula havia declarado, durante sua passagem por China e Emirados Árabes Unidos, no fim de semana, que Washington deveria parar de "incentivar a guerra".

Além disso, Lula também havia reiterado que a Ucrânia divide com a Rússia a culpa pelo conflito, algo que Kiev rechaça com veemência.

"Ao mesmo tempo em que meu governo condena a violação da integridade territorial da Ucrânia, defendemos uma solução política negociada para o conflito", disse Lula ao discursar, nesta terça-feira, durante um almoço com autoridades por ocasião da visita do presidente da Romênia, Klaus Iohannis, a Brasília.

Por sua vez, o assessor especial do presidente brasileiro para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, qualificou as declarações de Kirby de "absurdas".

"Dizer que 'papagueia' a posição russa é totalmente absurdo. Temos vários pontos de convergência [com a Rússia], mas, em vários momentos, o Brasil condenou, no atual governo, a invasão da Ucrânia", disse Amorim ao canal de notícias GloboNews.

"O presidente Lula sempre fez questão de dizer que o uso da força e a questão da integridade territorial dos Estados, no conjunto da carta da ONU, são princípios fundamentais. Então, nós não somos absolutamente nada condescendentes com isso", acrescentou o ex-chanceler.

Na segunda-feira, as declarações do porta-voz da Casa Branca já haviam sido rechaçadas pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após receber em Brasília seu contraparte russo, Sergei Lavrov.

"Não sei como ou por que ele [Kirby] chegou a essa conclusão. Mas não concordo de forma alguma", disse Vieira aos jornalistas depois do encontro entre Lula e Lavrov no Palácio da Alvorada em Brasília.

As críticas dos EUA sobre a postura do Brasil em relação à guerra na Ucrânia e a visita de Lavrov ocorrem no momento em que Lula tenta promover uma mediação internacional para o conflito, apresentando-se como um intermediário neutro.

Contudo, sua postura vem causando preocupação pelo que alguns nos Estados Unidos e na Europa consideram posições antiocidentais.

Ao deixar Pequim no sábado, Lula reiterou que Estados Unidos e Europa "precisam começar a falar sobre a paz". Lavrov, por sua vez, "agradeceu" os esforços do Brasil para mediar o conflito.

I.Saccomanno--PV

Apresentou

Honduras convoca reunião urgente da Celac sobre migração

A presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou neste domingo para o próximo dia 30 uma reunião de presidentes e chefes de Estado da Comunidade de Estados da América Latina e do Caribe (Celac) sobre migração, em meio à ofensiva dos Estados Unidos contra os imigrantes em situação irregular.

EUA e Colômbia anunciam aumento de tarifas em meio a disputa envolvendo imigrantes

Os presidentes de Estados Unidos e Colômbia anunciaram neste domingo um aumento das tarifas sobre as exportações entre os dois países, em meio à disputa diplomática gerada pela deportação de imigrantes colombianos pelos Estados Unidos.

Israel anuncia libertação de seis reféns do Hamas nesta semana

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou na noite deste domingo que as negociações com o Hamas estavam desbloqueadas, facilitando a libertação de três reféns na próxima quinta-feira e outros três no sábado, e que os deslocados da Faixa de Gaza vão ser autorizados a retornar para o norte do território.

Israel mata 22 no sul do Líbano após fim do prazo para retirada das tropas

O Exército israelense abriu fogo contra o sul do Líbano neste domingo (26), matando 22 pessoas, incluindo um militar libanês, enquanto outras centenas de pessoas tentavam retornar para os seus vilarejos, após o fim do prazo para a retirada das tropas israelenses previsto na trégua com o Hezbollah.

Alterar tamanho do texto: