Pallade Veneta - Peru militariza fronteiras ante chegada de migrantes em situação irregular

Peru militariza fronteiras ante chegada de migrantes em situação irregular


Peru militariza fronteiras ante chegada de migrantes em situação irregular
Peru militariza fronteiras ante chegada de migrantes em situação irregular / foto: CHRISTIAN JAMETT - AFP

A presidente do Peru, Dina Boluarte, decretou, nesta quarta-feira (26), estado de emergência nas fronteiras do país e ordenou o envio de militares para reforçar os controles diante da chegada de migrantes, vindos do Chile em sua maioria.

Alterar tamanho do texto:

Os militares vão apoiar a polícia nas passagens fronteiriças com Chile, Bolívia, Brasil, Equador e Colômbia, uma decisão que, segundo o governo, também visa a enfrentar o crime transnacional.

"A polícia nacional manterá o controle da ordem interna, com o apoio das forças armadas", enfatizou Boluarte durante coletiva de imprensa conjunta com vários ministros.

A princípio, o estado de emergência vai começar a vigorar a partir da quinta-feira, embora o Executivo não tenha informado sua duração, nem se vai restringir direitos nos postos fronteiriços.

O ministro da Defesa, Jorge Chávez, informou que a medida tem como "finalidade" evitar "a entrada de forma irregular e ilegal" de migrantes em território peruano.

"Todo cidadão tem que entrar pelos postos migratórios. O apoio das forças armadas será à polícia, de acordo com o estado de emergência", acrescentou.

Centenas de migrantes que deixaram o Chile se aglomeram há semanas na passagem fronteiriça entre as cidades de Tacna, no Peru, e Arica, no Chile, onde as autoridades peruanas impedem sua passagem.

Os migrantes estão bloqueados entre policiais chilenos e peruanos, que vigiam o posto fronteiriço, 1.500 km ao sul de Lima. O governo peruano já tinha enviado 200 policiais para reforçar os controles migratórios, que o Chile havia fortalecido antes.

"Entre 150 e 200 pessoas, em média" têm se concentrado diariamente nesta passagem fronteiriça nos últimos dias, disse na sexta-feira à AFP Federico Agusti, representante no Peru do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur).

T.Galgano--PV