Pallade Veneta - Na China, premiê russo pede aumento do comércio bilateral

Na China, premiê russo pede aumento do comércio bilateral


Na China, premiê russo pede aumento do comércio bilateral
Na China, premiê russo pede aumento do comércio bilateral / foto: Dmitry Astakhov - SPUTNIK/AFP

O primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, em visita à China, defendeu nesta terça-feira (23) o aumento do comércio bilateral na véspera do encontro com o presidente Xi Jinping.

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"Tenho certeza de que este ano atingiremos a meta estabelecida pelos chefes de Estado Vladimir Putin e Xi Jinping de aumentar nosso comércio para 200 bilhões de dólares (em torno de 994 bilhões de reais na cotação atual), declarou o líder em um fórum econômico em Xangai, mencionando uma cifra anunciada em março.

A China é o primeiro parceiro comercial da Rússia. No ano passado, o comércio bilateral foi de 190 bilhões de dólares (em torno de 944,3 bilhões de reais, na cotação atual), um nível recorde, segundo dados da Alfândega chinesa.

Nos últimos anos, Pequim e Moscou fortaleceram sua cooperação econômica e diplomática, especialmente desde a invasão russa da Ucrânia. Vários analistas acreditam que a China tem um papel vantajoso na relação, levando-se em conta o isolamento da Rússia no cenário internacional.

Mishustin chegou a Xangai na segunda-feira (22) para participar de um fórum econômico Rússia-China e visitar um instituto de pesquisa petroquímica, conforme o programa anunciado pelo Kremlin.

O fórum convidou vários empresários russos que se encontram sob sanções ocidentais, em setores relevantes como siderurgia, mineração e fertilizantes, segundo a agência financeira Bloomberg.

Também esteve presente o vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, responsável pelos assuntos energéticos.

"A oferta de energia (...) aumentou consideravelmente em 2022. Em 2023, haverá outro aumento, de cerca de 40%", comemorou Novak, citado por agências de notícias russas.

No ano passado, a China se tornou o maior cliente da Rússia no setor de energia, o que permitiu a Moscou manter suas exportações de gás, em meio às sanções ocidentais por causa da guerra na Ucrânia.

Mikhail Mishustin viajará para Pequim nesta quarta-feira (24) e se reunirá com o presidente chinês, Xi Jinping, e com o primeiro-ministro Li Qiang, informou a agência estatal russa de notícias Tass.

Ao ser questionada sobre o tema, Mao Ning, porta-voz do Ministério chinês das Relações Exteriores, defendeu a relação com a Rússia, uma "cooperação econômica e comercial normal (...) baseada na igualdade e no benefício mútuo".

Pequim diz ser neutra na guerra na Ucrânia e nunca condenou publicamente a invasão russa, iniciada em fevereiro de 2022.

M.Jacobucci--PV