Pallade Veneta - EUA considera inexata informação sobre projeto de base espiã chinesa em Cuba

EUA considera inexata informação sobre projeto de base espiã chinesa em Cuba


EUA considera inexata informação sobre projeto de base espiã chinesa em Cuba
EUA considera inexata informação sobre projeto de base espiã chinesa em Cuba / foto: ANDREW CABALLERO-REYNOLDS - AFP

A Casa Branca afirmou, nesta quinta-feira (8), que a informação publicada na imprensa sobre um suposto acordo entre Pequim e Havana para instalar uma base de espionagem chinesa em Cuba "não é exata".

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"Vi esse artigo na imprensa. Não é exato", declarou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, à emissora MSNBC.

Segundo o Wall Street Journal, que cita fontes anônimas americanas, um acordo secreto prevê a instalação de uma estação de escuta telefônica na ilha caribenha, que fica a cerca de 200 km da costa da Flórida, onde há importantes bases militares americanas.

A China, adversário dos Estados Unidos, pagará a Cuba "bilhões de dólares" para construir esta instalação, garantiu o jornal nesta quinta-feira.

"O que posso dizer é que esta administração está preocupada desde o primeiro dia com as atividades de influência da China em todo o mundo, e obviamente neste hemisfério e nesta região", declarou Kirby, ao acrescentar que o governo acompanha o caso "muito de perto".

O Pentágono também reagiu.

"Segundo a informação que temos, isto não é exato. Não estamos a par de que China e Cuba" estejam desenvolvendo algum "tipo de base de espionagem", reagiu, em sua coletiva de imprensa diária, o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, que assegurou que os Estados Unidos monitoram "permanentemente" as relações entre Pequim e Havana.

O presidente da China, Xi Jinping, lidera uma expansão da presença militar chinesa em todo o mundo para competir com o Exército americano, presente em todos os continentes.

Mas a instalação de uma base em Cuba, que fica muito perto da costa da Flórida, poderia ser interpretada por Washington como uma ameaça sem precedentes para seu território.

Durante a Guerra Fria, os soviéticos mantinham instalações de espionagem eletrônica na Cuba comunista. Entretanto, em 1962, os Estados Unidos detectaram a presença de plataformas de lançamento de mísseis.

Na época, o presidente John F. Kennedy decidiu impor um bloqueio marítimo à ilha e, durante alguns dias, viveu-se a ameaça de um conflito nuclear aberto entre as duas superpotências.

A URSS finalmente renunciou a seu projeto e os Estados Unidos retiraram seus mísseis que estavam posicionados na Turquia.

Em janeiro e fevereiro de 2023, um balão chinês que Washington classificou de espião sobrevoou o território americano antes de ser abatido por um caça, provocando um esfriamento das relações entre China e Estados Unidos.

E.M.Filippelli--PV