Pallade Veneta - Vice-prefeito de Estocolmo se veste de 'drag queen' para criticar 'a intolerância'

Vice-prefeito de Estocolmo se veste de 'drag queen' para criticar 'a intolerância'


Vice-prefeito de Estocolmo se veste de 'drag queen' para criticar 'a intolerância'
Vice-prefeito de Estocolmo se veste de 'drag queen' para criticar 'a intolerância' / foto: Robin Backman - Liberalerna Stockholm/AFP

Com um vestido estampado, cabelo cacheado loiro platinado e lábios vermelhos, o vice-prefeito de Estocolmo se vestiu de "drag queen" para um encontro com crianças, como parte de uma campanha contra a "intolerância e o populismo".

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Jan Jönsson, de 45 anos, e membro do Partido Liberal (centro-direita), está por trás dessa campanha.

A iniciativa veio após as críticas dos ultradireitistas do Democratas Suecos contra as "drag queens" que leem livros para as crianças nas bibliotecas e organizam visitas ao principal teatro de Estocolmo, explicou o político à AFP nesta quinta-feira (15).

Esses eventos vêm ocorrendo no país desde 2017.

"Fiz de mim mesmo uma espécie de tela para os artistas drag (...) para poder dizer que todo mundo deveria ser livre para se expressar", disse.

"Certos partidos políticos tentam restringir as liberdades dos outros e em especial das drag queens", acrescentou. Com essa iniciativa, espera que as pessoas se deem conta de que a "Suécia deve ser um país livre".

Em maio, durante um debate televisivo, o líder dos Democratas Suecos, Jimmie Åkesson, afirmou que considerava "insano" que o dinheiro dos contribuintes fosse destinado a sessões de leitura para crianças feitas por "drag queens".

Em um vídeo no Twitter, Jönsson aparece como uma "drag queen", com o rosto totalmente maquiado, uma peruca ao estilo de Marilyn Monroe, um vestido florido e salto agulha.

Rodeado de crianças, lê um fragmento de "Os irmãos coração de leão", um livro da famosa autora sueca Astrid Lindgren, que pede ao leitor para seguir suas próprias ideias.

"As histórias não são perigosas para as crianças. Nem as 'drag queens'. Mas o populismo e a intolerância, sim, são perigosas para as crianças e os adultos", disse em frente à câmera.

B.Cretella--PV