Pallade Veneta - Mitsotakis inicia segundo mandato na Grécia com promessa de reformas

Mitsotakis inicia segundo mandato na Grécia com promessa de reformas


Mitsotakis inicia segundo mandato na Grécia com promessa de reformas
Mitsotakis inicia segundo mandato na Grécia com promessa de reformas / foto: ARIS MESSINIS - AFP

O líder conservador grego Kyriakos Mitsotakis iniciou nesta segunda-feira (26) o segundo mandato como primeiro-ministro, com a promessa de acelerar várias reformas, um dia após a vitória por maioria absoluta nas eleições legislativas que permitirá a seu partido governar sozinho.

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O líder do partido Nova Democracia, que teve de deixar o posto de chefe de Governo durante cinco semanas, prestou juramento para o cargo nesta segunda-feira diante da presidente Katerina Sakellaropoulou e do líder da Igreja Ortodoxa grega, Hieronymus, para iniciar o segundo mandato de quatro anos.

"Começamos um trabalho duro em busca de grandes reformas", declarou Mitsotakis depois de ser recebido pela presidente da República.

"Assumi o compromisso de aplicar mudanças profundas no segundo mandato de quatro anos. Temos uma maioria parlamentar confortável para fazer isto", acrescentou o político de 55 anos, filho de um ex-primeiro-ministro da Grécia e tio do atual prefeito de Atenas.

No domingo, o partido de Mitsotakis venceu as eleições legislativas com 40,55% dos votos e, graças ao bônus de 50 deputados concedido à legenda mais votada, o Nova Democracia saiu das urnas com 158 cadeiras no Parlamento unicameral grego, que tem 300 deputados.

O partido de esquerda Syriza, liderado pelo ex-primeiro-ministro Alexis Tsipras (2015-2019), recebeu menos de 18% dos votos e garantiu uma bancada de apenas 48 deputados.

No poder desde 2019, Mitsotakis conquistou, desta maneira, a maioria absoluta que havia escapado por apenas cinco cadeiras na eleição de 21 de maio, quando o Nova Democracia triunfou com facilidade as legislativas que não contavam com a cláusula do bônus de 50 deputados para o vencedor.

O líder conservador não tentou estabelecer uma coalizão de governo e optou pela nova eleição.

- Objetivos ambiciosos -

durante a campanha, Kyriakos Mitsotakis se comprometeu a fazer "grandes reformas que avançarão rapidamente", em referência a suas promessas de aumentos salariais, em um país marcado por baixos salários, e de contratações em larga escala para os hospitais públicos, que enfrentam dificuldades após o impacto da pandemia e dos cortes durante a crise econômica.

Também prometeu melhorar o sistema de ferrovias, após a tragédia do fim de fevereiro, quando uma colisão de trens provocou 57 mortes.

Na oposição, os dias de Tsipras como líder podem estar contados, após o péssimo resultado do Syriza no domingo, que foi ainda pior que o registrado em 21 de maio.

"Foi uma batalha difícil, e o resultado é obviamente negativo para nós", admitiu Tsipras, que governou o país durante uma parte da crise financeira.

Três pequenos partidos ultranacionalistas e anti-imigração também garantiram presença no Parlamento da Grécia, apenas 10 dias após o naufrágio de uma embarcação diante da costa do Peloponeso, que oficialmente provocou mais de 80 mortes. O número real chega, provavelmente, a centenas.

Os três partidos ultranacionalistas (Solução Grega, Vitória e Espartanos) receberam quase 13% dos votos em conjunto.

O partido Espartanos surpreendeu ao receber 4,64% dos votos e conquistar 12 cadeiras no Parlamento. A legenda, praticamente desconhecida há alguns meses, é apoiada por um ex-dirigente do partido neonazista dissolvido Aurora Dourada, Ilias Kasidiaris, que cumpre pena de prisão e não foi liberado para disputar as eleições por decisão da Suprema Corte grega.

As eleições de domingo foram marcadas por um elevado índice de abstenção, que atingiu 47%, oito pontos acima do registrado em 21 de maio.

F.Abruzzese--PV