Pallade Veneta - Países do Oriente Médio denunciam queima do Alcorão na Suécia

Países do Oriente Médio denunciam queima do Alcorão na Suécia


Países do Oriente Médio denunciam queima do Alcorão na Suécia
Países do Oriente Médio denunciam queima do Alcorão na Suécia / foto: Jonathan Nackstrand - AFP

Iraque, Irã, Arábia Saudita e outros países do Oriente Médio condenaram, nesta quinta-feira (29), a queima de uma cópia do Alcorão por um iraquiano radicado na Suécia e alertaram que isso poderia "inflamar" os muçulmanos em todo o mundo.

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Salwan Momika, de 37 anos, que fugiu para a Suécia há alguns anos atrás, pisou em uma cópia do Alcorão na quarta-feira antes de incendiar várias páginas em frente à maior mesquita de Estocolmo.

A polícia concedeu permissão para o protesto, de acordo com as proteções suecas à liberdade de expressão, embora o ato tenha provocado indignação em todo o mundo muçulmano.

O incidente ocorreu enquanto os muçulmanos celebram o festival Eid al Ada.

O governo iraquiano, em um comunicado divulgado na quarta-feira, condenou com veemência "os atos repetidos de queimar cópias do Alcorão sagrado por indivíduos com mentes extremistas e perturbadas".

"Essas ações demonstram um espírito de ódio e agressividade que vai contra os princípios da liberdade de expressão", acrescentou. "Eles não são apenas racistas, também promovem a violência e o ódio".

O Irã se juntou à condenação, chamando a queima de "provocativa, impensada e inaceitável".

O governo talibã do Afeganistão também reagiu furiosamente à queima do Alcorão, chamando-a de "desprezo aberto por esta nobre religião e seus quase 2 bilhões de seguidores".

A Arábia Saudita, que acabou de receber 1,8 milhão de peregrinos para o hajj, concluído na quarta-feira, disse que "esses atos de ódio repetidos não podem ser aceitos com nenhuma justificativa".

Da mesma forma, o Egito, o país mais populoso do mundo árabe, descreveu a queima do Alcorão como um "ato vergonhoso que provoca os sentimentos dos muçulmanos" no momento de celebrações do Eid.

A queima também foi condenada pela Liga Árabe e pelo Conselho de Cooperação do Golfo, além do Marrocos, que convocou seu embaixador em Estocolmo.

O Marrocos também criticou a "complacência" do governo sueco com a queima do Alcorão.

No Líbano, o poderoso movimento Hezbollah, apoiado pelo Irã, acusou as autoridades suecas de "cumplicidade no crime".

Em janeiro, um extremista de direita sueco-dinamarquês queimou uma cópia do Alcorão perto da embaixada turca em Estocolmo e também gerou indignação nos muçulmanos em todo o mundo.

D.Bruno--PV