Pallade Veneta - Exército israelense anuncia fim de operação letal na Cisjordânia

Exército israelense anuncia fim de operação letal na Cisjordânia


Exército israelense anuncia fim de operação letal na Cisjordânia
Exército israelense anuncia fim de operação letal na Cisjordânia / foto: Jaafar Ashtiyeh - AFP

O exército de Israel anunciou nesta quarta-feira (5) o fim da operação de dois dias em Jenin, na Cisjordânia ocupada, que deixou 12 palestinos e um soldado israelense e mortos e provocou alguns confrontos na Faixa de Gaza.

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"A operação está oficialmente concluída e os soldados deixaram a área de Jenin", norte da Cisjordânia, declarou à AFP um porta-voz militar. As tropas começaram a deixar a região na terça-feira à noite.

A incursão, a maior em vários anos neste território ocupado por Israel desde 1967, começou na segunda-feira, com a presença de centenas de soldados e escavadeiras do exército.

Doze palestinos e um soldado israelense faleceram durante o ataque ao campo de refugiados de Jenin.

A cidade e seu campo de refugiados, reduto de grupos armados palestinos, são alvos frequentes de operações israelenses.

Recentemente, o norte da Cisjordânia foi cenário de uma onda de ataques contra israelenses e de atos de violência contra os palestinos por parte dos colonos.

A operação provocou uma série de confrontos em Gaza, a partir de onde foram lançados cinco foguetes contra o território de Israel que foram interceptados pelas Forças Armadas, anunciou o exército nesta quarta-feira.

Em resposta aos ataques, "caças atacaram uma fábrica subterrânea de armas usada pela organização terrorista Hamas e uma unidade de produção de peças para foguetes", afirma um comunicado militar.

Uma fonte palestina afirmou que o ataque atingiu um centro militar do movimento Hamas, que governa Gaza, mas sem provocar feridos.

Na terça-feira, um ataque realizado com um veículo deixou sete feridos em Tel Aviv, um atentado elogiado pelo Hamas como "a primeira resposta aos crimes cometidos contra nosso povo no campo de Jenin".

O chefe da polícia israelenses, Yaakov Shabtai, declarou que o "terrorista" era um morador da Cisjordânia e que foi morto por um civil.

- "Erradicar o terrorismo" -

A ministra palestina da Saúde, Mai al Kaila, afirmou que a operação israelense era uma "agressão que desafia as leis internacionais".

O exército israelense afirmou que a incursão no campo de Jenin descobriu esconderijos de militantes, depósitos de armas e um armazém subterrâneo de explosivos.

Também destacou o desmantelamento de seis unidades de fabricação de explosivos e a apreensão de grande quantidade de armas.

"Agiremos o tempo que for necessário para erradicar o terrorismo", afirmou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ao visitar na terça-feira uma base militar"

"Não vamos permitir que Jenin volte a ser um refúgio para o terrorismo", acrescentou o chefe de Governo, que lidera uma coalizão integrada por ultraortodoxos e pela extrema-direita.

De acordo com o ministério da Saúde palestino, 12 palestinos morreram e 100 ficaram feridos, 20 deles em estado grave.

Os confrontos também provocaram, na noite de segunda-feira, a fuga de quase de 3.000 habitantes do campo, onde vivem 18.000 palestinos, segundo o vice-governador de Jenin, Kamal Abu al-Rub.

"Todas as opções estão sobre a mesa para atingir o inimigo", alertou a Jihad Islâmica. O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, denunciou uma operação israelense "brutal".

O alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu o fim da violência em Israel e na Cisjordânia, que aumentou consideravelmente nos últimos meses.

Desde o início do ano, a violência relacionada ao conflito israelense-palestino matou pelo menos 190 palestinos, 26 israelenses, uma ucraniana e um italiano, segundo um balanço da AFP com base em informações divulgadas por fontes oficiais.

B.Cretella--PV