Pallade Veneta - Três palestinos morrem em operação de Israel na Cisjordânia ocupada

Três palestinos morrem em operação de Israel na Cisjordânia ocupada


Três palestinos morrem em operação de Israel na Cisjordânia ocupada
Três palestinos morrem em operação de Israel na Cisjordânia ocupada / foto: Ronaldo Schemidt - AFP

Três palestinos morreram na Cisjordânia ocupada, nesta sexta-feira (7), incluindo dois membros de um grupo armado abatidos em uma operação militar israelense um dia depois de a ONU instar Israel a abrir um "processo político" ante a nova escalada de violência.

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Dois membros da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP), Khairi Shaheen, de 34 anos, e Hamza Maqbul, de 32, foram mortos pela manhã na cidade velha de Nablus, reduto de grupos palestinos armados no norte da Cisjordânia ocupada.

Nesta área, o Exército israelense tem multiplicado suas ações, as quais apresenta como "operações antiterroristas".

Várias testemunhas disseram à AFP que o tiroteio começou quando as forças israelenses cercaram uma casa. Outros três palestinos ficaram feridos, informou o Ministério palestino da Saúde.

Em um comunicado, o Exército israelense disse ter lançado sua operação em Nablus para prender Shaheen e Maqbul. Segundo as Forças Armadas israelenses, eles seriam autores de um ataque cometido na quarta-feira em uma colônia judaica próxima. Não houve vítimas.

"Os dois terroristas morreram em um tiroteio" com as forças de segurança israelenses, disse o Exército.

Outro palestino, Abdel-Jawad Hamdan Saleh, de 24, foi abatido durante uma manifestação contra a colonização israelense na localidade de Umm Safa, ao norte de Ramallah, informou o Ministério palestino da Saúde.

Desde o final de junho, houve nessa localidade vários confrontos entre colonos e vizinhos palestinos.

Questionado pela AFP, o Exército israelense se recusou a comentar o episódio.

Essas operações e confrontos ocorreram após uma semana de grande tensão na região.

Um soldado israelense morreu na quinta-feira em um ataque palestino no norte da Cisjordânia. Foi enterrado nesta sexta-feira no Monte Herzl, em Jerusalém, segundo jornalistas da AFP.

O Exército informou que atirou no agressor, mas não está claro se ele morreu, ou foi ferido.

- "Espiral de violência" -

O movimento palestino islamita Hamas, que assumiu a responsabilidade pelo ataque, disse que se tratou de uma "resposta" à sangrenta incursão militar israelense ao acampamento de refugiados de Jenin nesta semana. A ofensiva terminou em 12 palestinos e um israelense mortos.

Esta foi a maior operação israelense em vários anos na Cisjordânia, território ocupado por Israel desde 1967.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse na quinta-feira que "há um uso excessivo da força por parte das forças israelenses".

"Entendo as preocupações legítimas de Israel com sua segurança. Mas a escalada não é a resposta. Isso reforça a radicalização que contribui para o agravamento da espiral de violência e o derramamento de sangue", declarou Guterres, referindo-se às operações militares em Jenin.

Guterres argumentou que "restaurar a esperança do povo palestino em um processo político, que leve a uma solução de dois Estados e ao fim da ocupação, é a contribuição essencial de Israel para sua própria segurança".

Desde o início do ano, o número de mortos no contexto desta espiral de violência inclui pelo menos 193 palestinos, 27 israelenses, um ucraniano e um italiano, segundo balanço da AFP feito com base em fontes oficiais. Este total inclui combatentes e civis, do lado palestino; e uma maioria de civis e três pessoas da minoria árabe, do lado israelense.

J.Lubrano--PV