Pallade Veneta - Canal do Panamá tem receita recorde apesar da seca

Canal do Panamá tem receita recorde apesar da seca


Canal do Panamá tem receita recorde apesar da seca
Canal do Panamá tem receita recorde apesar da seca / foto: MARTIN BERNETTI - AFP

O Canal do Panamá teve uma receita recorde de 4,5 bilhões de dólares (26 bilhões de reais) no último ano fiscal, apesar da redução do tráfego de navios devido à seca, anunciou a administração da via marítima nesta sexta-feira (25).

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A rota “apresentou os resultados financeiros preliminares do ano fiscal de 2024", informou a Autoridade do Canal do Panamá.

A receita do Canal, cujo ano fiscal vai de 1º de outubro a 30 de setembro, provém da cobrança de pedágio, venda de energia elétrica e serviços marítimos, e aumentou 1% em relação ao ano anterior. Já o ritmo de crescimento mostrou uma desaceleração em relação aos anos anteriores.

O canal destina cerca da metade de sua receita a operações e manutenção, e o restante vai para o Tesouro panamenho.

A receita histórica foi registrada apesar da redução do tráfego de navios pela rota no último ano devido à seca. A circulação diminuiu 20% (de 14.080 navios para 11.240), e a quantidade de carga, 17% (de 511 milhões de toneladas para 423 milhões).

A queda no tráfego deveu-se a medidas implementadas pela Autoridade do Canal do Panamá no fim de 2023 para enfrentar a escassez de água. Diferentemente do Canal de Suez, o do Panamá opera com água doce retirada de dois lagos artificiais, cujos níveis sofreram uma diminuição considerável devido à baixa pluviosidade.

A falta de chuvas levou a Autoridade do Canal a reduzir a passagem diária de embarcações de 38 para 22, e a situação começou a se normalizar com a chegada da temporada de chuvas, em maio.

O aumento da receita se deveu a novos pedágios e aos leilões para a obtenção de um turno preferencial de passagem pela via de 80 km, que liga o Pacífico ao Caribe. Estados Unidos, China, Japão, Coreia do Sul e Chile são os principais usuários dessa rota, por onde circula 5% do comércio marítimo mundial.

J.Lubrano--PV