Pallade Veneta - EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela

EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela


EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela
EUA reconhece opositor como 'presidente eleito' da Venezuela / foto: SAUL LOEB - AFP

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, referiu-se nesta terça-feira (19) ao opositor Edmundo González Urrutia como "presidente eleito" da Venezuela.

Alterar tamanho do texto:

"O povo venezuelano se manifestou de forma contundente em 28 de julho" e tornou "Edmundo González presidente eleito", afirmou Blinken na rede social X, quase quatro meses após Nicolás Maduro ter sido proclamado vencedor em meio a acusações de fraude.

A Venezuela chamou de “ridículo” o reconhecimento americano. "Do único lugar que não se volta é do ridículo, diz o ditado popular", reagiu o chanceler Yván Gil, no aplicativo Telegram. “Blinken, inimigo confesso da Venezuela, insiste em voltar a fazê-lo.

O governo americano já havia declarado que a oposição venezuelana conquistou o maior número de votos, e pedido a divulgação das atas eleitorais, mas esta é a primeira vez que se refere a González como "presidente eleito".

O opositor reivindica sua vitória nas eleições presidenciais de 28 de julho, nas quais a autoridade eleitoral proclamou Maduro para um terceiro mandato de seis anos (2025-2031) sem apresentar os detalhes da apuração.

"A democracia exige respeito à vontade dos eleitores", acrescentou Blinken em sua mensagem, um dia após ministros das Relações Exteriores discutirem a crise pós-eleitoral no país caribenho paralelamente à reunião de cúpula do G20 no Rio de Janeiro.

Na mesma rede social, González agradeceu "profundamente o reconhecimento à vontade soberana de todos os venezuelanos".

"Esse gesto honra o desejo de mudança do nosso povo e a ação cívica que juntos protagonizamos no último 28 de julho", acrescentou o opositor, que se exilou na Espanha em setembro, após ser alvo de um mandado de prisão.

A controversa reeleição de Maduro desencadeou protestos que resultaram em 28 mortos, incluindo dois militares, cerca de 200 feridos e aproximadamente 2.400 detidos, dos quais 225 já foram libertados.

I.Saccomanno--PV