Pallade Veneta - Congresso do Peru investiga suposta rede de prostituição no Legislativo

Congresso do Peru investiga suposta rede de prostituição no Legislativo


Congresso do Peru investiga suposta rede de prostituição no Legislativo
Congresso do Peru investiga suposta rede de prostituição no Legislativo / foto: Cris BOURONCLE - AFP/Arquivos

O Congresso peruano convocou para depor, na próxima quinta-feira, um ex-funcionário suspeito de ter montado uma suposta rede de prostituição no Legislativo, segundo uma denúncia jornalística.

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O principal apontado como responsável por esta organização é o ex-chefe do Escritório Legal e Constitucional do Congresso, o advogado Jorge Torres, próximo do partido direitista Aliança para o Progresso (APP).

Torres terá que comparecer perante a comissão de fiscalização para se explicar sobre as revelações, na semana passada, no programa de TV "Beto a Saber", nas quais foi apontado como o suposto organizador de uma rede de profissionais que prestavam serviços sexuais aos parlamentares.

"Diz-se que elas foram contratadas (por Jorge Torres) como personagens do baixo ofício, que vão e se deitam com algumas pessoas em troca de algum benefício", assegura na reportagem uma ex-trabalhadora, cuja identidade e o rosto não foram revelados.

Segundo a entrevistada, inclusive uma das profissionais "visitava o ex-presidente do Congresso, Alejandro Soto", membro do partido APP, que negou os fatos em nota.

A investigação do Congresso se soma a um inquérito preliminar do Ministério Público pelo "suposto delito de exploração sexual de mulheres ainda não identificadas".

Torres rechaçou as versões em declarações à imprensa: "Nego categoricamente (...) e peço à Procuradoria e à comissão de fiscalização que investiguem".

O assassinato da advogada Andrea Vidal, de 28 anos, que foi assessora e braço direito de Torres até setembro, quando foi demitida, desatou o escândalo.

Vidal morreu em 17 de dezembro em um hospital de Lima, após agonizar durante uma semana, ao ser baleada várias vezes juntamente com o motorista do táxi em que viajava.

A reportagem televisiva menciona a hipótese de que pistoleiros contratados por Torres teriam assassinado Vidal, que supostamente recrutava as prostitutas.

"O que ocorreu é grave. A suposta rede de prostituição, que acabou com o crime contra uma ex-trabalhadora do Congresso, tem que ser investigada", disse à imprensa o presidente da Comissão de Fiscalização, Juan Burgos.

Segundo a convocação do Parlamento, difundida nesta terça-feira (24), Torres terá que informar sobre "os critérios adotados para a proposta e contratação do pessoal que trabalha no gabinete de Assessoria Legal e Constitucional do Congresso".

Torres foi demitido do cargo no Congresso em 13 de dezembro, três dias depois do ataque contra sua ex-assessora.

G.Riotto--PV