Pallade Veneta - França denuncia 'forma de imperialismo' de Trump sobre Groenlândia

França denuncia 'forma de imperialismo' de Trump sobre Groenlândia


França denuncia 'forma de imperialismo' de Trump sobre Groenlândia
França denuncia 'forma de imperialismo' de Trump sobre Groenlândia / foto: Ludovic Marin - Pool/AFP/Arquivos

A França denunciou, nesta quarta-feira (8), uma "forma de imperialismo", após os comentários do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a Groenlândia e o Canal do Panamá.

Alterar tamanho do texto:

"Hoje vemos a ascensão de blocos, podemos ver isso como uma forma de imperialismo que se materializa nas declarações que vimos do Sr. Trump sobre a anexação de um território inteiro", disse a porta-voz do governo francês, Sophie Primas.

Na terça-feira, Trump voltou a defender o controle do Canal do Panamá e da Groenlândia por “razões de segurança econômica”, sem se recusar a descartar uma ação militar para assumi-los, apesar da rejeição categórica de seus planos por parte do Panamá e da Dinamarca.

“A Groenlândia pertence aos groenlandeses”, reiterou na terça-feira a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen, por ocasião da chegada do filho do presidente eleito, Donald Trump Jr., à Groenlândia para uma visita privada como ‘turista’.

A Groenlândia, um território autônomo da Dinamarca, é “um território [ultramarino] da União Europeia. Está fora de lugar para a UE permitir que outras nações do mundo, sejam elas quais forem, ataquem suas fronteiras soberanas”, disse o chanceler francês, Jean-Noël Barrot, na quarta-feira.

A Dinamarca faz parte da UE, mas a Groenlândia é considerada um “território ultramarino” do bloco europeu depois que os cidadãos da ilha decidiram, em um referendo de 1982, deixar a então Comunidade Econômica Europeia.

Barrot descartou uma invasão dos EUA ao território rico em recursos, mas fez um alerta: “Temos que acordar, temos que nos fortalecer, em um mundo governado pela lei do mais forte”.

Seu colega panamenho, Javier Martínez-Acha, também reiterou no dia anterior que a soberania sobre o Canal do Panamá, que os Estados Unidos entregaram ao país centro-americano em 31 de dezembro de 1999, “não é negociável”.

F.Amato--PV