Pallade Veneta - Catar menciona 'fase final' de negociações para trégua em Gaza

Catar menciona 'fase final' de negociações para trégua em Gaza


Catar menciona 'fase final' de negociações para trégua em Gaza
Catar menciona 'fase final' de negociações para trégua em Gaza / foto: Eyad BABA - AFP

O Catar indicou nesta terça-feira (14) que um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza pode ser alcançado "muito em breve", com as negociações em sua "fase final", após 15 meses de conflito entre Israel e Hamas e mais de 46.600 mortos no território palestino.

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As conversas indiretas se intensificaram em Doha a uma semana da posse de Donald Trump nos Estados Unidos. "A bola está no campo do Hamas. Se o movimento aceitar, o acordo está pronto para ser fechado e colocado em prática", afirmou o secretário de Estado americano, Antony Blinken.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o do Egito, Abdel Fatah al Sissi, sublinharam em conversa telefônica "a importância do compromisso das partes envolvidas em superar os obstáculos e mostrar a flexibilidade necessária para se alcançar um acordo", informou a Presidência egípcia.

Principal país mediador, juntamente com Estados Unidos e Egito, o Catar indicou que as negociações estão em sua "fase final", e que "os problemas principais" foram resolvidos. "Esperamos que isso leve a um acordo muito rapidamente", expressou a chancelaria do Catar.

Segundo fontes próximas do país, na primeira fase do acordo de cessar-fogo, 33 reféns devem ser libertados, em troca de mil palestinos presos por Israel. O governo israelense confirmou que o país busca obter a libertação de 33 reféns na primeira fase, e que está disposto a libertar "centenas" de prisioneiros israelenses.

- Bombardeios -

Israel intensificou seus bombardeios na Faixa de Gaza, matando 18 pessoas, segundo serviços de resgate locais. Mais de 60 pessoas morreram no território em 24 horas, apontou o Ministério da Saúde local.

O Exército de Israel informou que realizou bombardeios contra o que chamou de "terroristas do Hamas".

Diante do iminente retorno de Donald Trump à Casa Branca, no próximo dia 20, houve um aumento da pressão internacional por um cessar-fogo e pela libertação de reféns. Trump alertou que a região mergulhará em "um inferno" se os reféns não forem libertados antes de sua posse.

- 'Perto do fim' -

Segundo um funcionário de Israel, as negociações sobre a segunda fase do acordo vão começar 16 dias após a entrada em vigor da primeira etapa. A segunda fase implicaria a libertação dos últimos reféns, incluindo "soldados do sexo masculino, homens em idade militar e os corpos dos reféns assassinados", segundo o jornal Times of Israel.

O Hamas manifestou hoje que espera obter "um acordo claro e global". "Podemos esperar boas notícias, estamos perto do fim, mas ainda não chegamos lá", comentou um funcionário do governo de Israel, ressaltando que o país não deixará "a Faixa de Gaza até o retorno de todos os reféns, os vivos e os mortos".

- Pós-guerra -

Antony Blinken também apresentou o esboço de um plano para o pós-guerra, considerando que a Faixa de Gaza deveria ser administrada pela Autoridade Palestina e que a ONU e outros parceiros estrangeiros deveriam ter um papel provisório.

Israel "terá que aceitar a reunificação da Faixa de Gaza e da Cisjordânia sob a liderança de uma Autoridade Palestina reformada", e "deve tomar um caminho com prazos e condições para a formação de um Estado palestino independente", disse o chefe da diplomacia americana. O primeiro-ministro de Israel, no entanto, rejeita a criação de um Estado palestino.

S.Urciuoli--PV