Pallade Veneta - Marco Rubio diz que China trapaceou para se tornar superpotência

Marco Rubio diz que China trapaceou para se tornar superpotência


Marco Rubio diz que China trapaceou para se tornar superpotência
Marco Rubio diz que China trapaceou para se tornar superpotência / foto: Rebecca NOBLE - AFP

Marco Rubio, o filho de imigrantes cubanos escolhido por Donald Trump como chefe da diplomacia de seu futuro governo, disse que a China trapaceou para alcançar o status de superpotência e que a "ordem mundial liberal" se tornou uma arma usada contra os Estados Unidos.

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Rubio está sendo sabatinado por seus colegas senadores nesta quarta-feira (15) em uma audiência para sua confirmação no cargo, a qual deve ocorrer sem contratempos. Sendo aprovado, ele vai se tornar o primeiro latino a comandar o Departamento de Estado americano.

Rubio atacou a China, país que o presidente democrata Joe Biden também considera um rival.

O "falcão" rejeitou um dos princípios-chave de Biden: priorizar uma "ordem mundial liberal" baseada em regras e liderada pelos Estados Unidos.

Defendeu, ao contrário, o lema de Trump "America First" (EUA em primeiro).

"A ordem global do pós-guerra não só está obsoleta, como agora é uma arma usada contra nós", disse ele durante um discurso interrompido várias vezes por manifestantes.

"Recebemos o Partido Comunista Chinês nesta ordem mundial. E eles se aproveitaram de todos os benefícios. Mas ignoraram todas as suas obrigações e responsabilidades", acrescentou.

"Eles mentiram, enganaram, hackearam e roubaram para alcançar o status de superpotência global, à nossa custa", afirmou o republicano, que também atacou Rússia, Irã e Coreia do Norte.

- "Ditadores" e "caos" -

"Em Moscou, Teerã e Pyongyang, os ditadores semeiam o caos e a instabilidade", afirmou.

Rubio, que fala espanhol fluentemente, defendeu a ideia de concentrar a política externa dos Estados Unidos em decisões que contribuam para que o país seja mais seguro, forte e próspero.

"Enquanto os Estados Unidos continuaram priorizando a 'ordem global' acima de nossos interesses nacionais fundamentais com muita frequência, outras nações seguiram agindo como os países sempre agiram e sempre farão", com base no "que mais os beneficia", afirmou Rubio.

Sua sabatina no Senado ocorre um dia depois de Biden decidir retirar Cuba da lista de países que patrocinam o terrorismo para facilitar a libertação de manifestantes presos na ilha.

O anúncio ocorreu quase quatro anos depois de Trump ter voltado a incluir Cuba na lista negra ao deixar o cargo.

Rubio, cujos pais emigraram de Cuba antes da revolução de Fidel Castro em 1959 e se opuseram aos comunistas, tem defendido há anos uma ação contundente contra a ilha, além de Venezuela e Nicarágua.

"Narcoterroristas, ditadores e déspotas se aproveitam das fronteiras abertas para promover a migração em massa, traficar mulheres e crianças e inundar nossas comunidades com fentanil" e "criminosos violentos", afirmou.

Senador por três mandatos, Rubio é respeitado por seus colegas e muito conhecido entre os latinos.

Em 2016, foi rival de Trump nas primárias republicanas.

Naquela época, a relação entre ambos era péssima. Ele disse de Trump que tinha "mãos pequenas" e o chamou de "golpista". O magnata também zombava dele, chamando-o de "pequeno Marco".

Mas com o tempo, passaram de inimigos a aliados.

- Mais sabatinas -

Nesta quarta-feira, também passarão pela sabatina dos senadores Pam Bondi, uma advogada de confiança de Trump escolhida para o cargo de procuradora-geral dos Estados Unidos e secretária de Justiça.

Ela foi sua segunda opção, depois que Matt Gaetz se viu obrigado a renunciar após ser acusado de pagar por sexo, inclusive com uma menor de idade, algo que ele nega, além de consumo ilegal de drogas.

Kristi Noem, candidata a secretária do Departamento de Segurança Interna, responsável pela proteção de alfândegas e fronteiras e pela gestão da migração, também será sabatinada nesta quarta.

Se for confirmada, desempenhará um papel crucial na deportação em massa de migrantes em situação irregular prometida por Trump.

A governadora de Dakota do Sul ganhou pontos entre os republicanos por sua oposição às restrições da pandemia de covid-19, mas gerou uma forte polêmica ao confessar que matou sua cadela com um tiro porque ela era "indomável".

E.Magrini--PV