Pallade Veneta - Hegseth toma posse como secretário de Defesa dos EUA após votação acirrada no Senado

Hegseth toma posse como secretário de Defesa dos EUA após votação acirrada no Senado


Hegseth toma posse como secretário de Defesa dos EUA após votação acirrada no Senado
Hegseth toma posse como secretário de Defesa dos EUA após votação acirrada no Senado / foto: ROBERTO SCHMIDT - AFP

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, tomou posse neste sábado (25) após ter sido confirmado no cargo durante uma votação acirrada no Senado na véspera, em meio a polêmicas acusações contra este ex-militar de 44 anos, incluindo uma de agressão sexual e consumo excessivo de álcool.

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Com a promessa de "restaurar a cultura de guerra" no Pentágono, órgão que chefiará, Hegseth agradeceu rapidamente ao presidente Donald Trump pela indicação e ao vice-presidente JD Vance pelo voto decisivo que permitiu sua confirmação no cargo.

Após toda a bancada democrata e três senadores republicanos votarem contra, resultando em um empate de 50-50, Vance deu o voto decisivo que permitiu a ratificação de Hegseth. É a segunda vez na história do país que um vice-presidente desempata a nomeação de um indicado para o gabinete.

"É a honra da minha vida", declarou o novo chefe do Pentágono durante a cerimônia presididade por Vance.

Nos Estados Unidos, a Constituição exige que os indicados a ministros e a outros altos cargos sejam confirmados pelo Senado, após uma sabatina na comissão competente para o cargo.

Entre os republicanos que se opuseram à ratificação, surpreendeu Mitch McConnell, ex-líder do partido. A senadora Lisa Murkowski, que também votou contra, já havia alertado que a nomeação gerava "preocupações importantes" diante das quais não poderia "fechar os olhos".

Ela também citou a oposição de Hegseth à presença de mulheres nas tropas de combate, uma afirmação feita em novembro, da qual ele se retratou posteriormente.

- "Cultura de guerra" -

Hegseth é conhecido como apresentador do canal Fox News, o favorito dos conservadores nos Estados Unidos.

Aos 44 anos, ele assumirá a liderança de um departamento com um orçamento colossal de 850 bilhões de dólares anuais (R$ 5 trilhões) e que emprega cerca de três milhões de soldados, reservistas e civis.

Sua missão principal, disse em meados de janeiro durante sua sabatina no comitê do Senado, será "trazer de volta a cultura de guerra" ao Pentágono.

Hegseth afirmou repetidamente que deseja reformar o Pentágono de cima a baixo, porque, segundo ele, a instituição comunga com uma ideologia excessivamente de esquerda para seu gosto, algo que a direita chama de "woke".

O anúncio da nomeação de Pete Hegseth em novembro gerou protestos da oposição.

No Comitê de Serviços Armados, os senadores democratas o bombardearam com perguntas sobre uma acusação de agressão sexual que teria ocorrido em 2017 na Califórnia.

O ex-militar nega ter mantido relações não consentidas. Anos depois, ele chegou a um acordo financeiro de 50.000 dólares (R$ 295 mil na cotação atual) com a mulher que o acusou, para evitar o processo judicial.

- "Um vencedor" -

 

"Você não é qualificado" para se tornar secretário de Defesa, disse a senadora Tammy Duckworth durante a sabatina no Senado.

A ex-piloto de helicóptero de combate, que precisou amputar as duas pernas depois que seu avião foi atingido por um míssil no Iraque em 2004, criticou em um comunicado a rejeição de Hegseth à presença de mulheres nas tropas de combate.

O novo secretário também é suspeito de abusar do consumo de álcool.

"Um de seus colegas disse que você estava tão bêbado em um evento em um bar que cantou 'Matem todos os muçulmanos'", afirmou a senadora Elizabeth Warren durante a audiência.

O presidente Donald Trump, que apoiou Hegseth apesar das polêmicas, o parabenizou com uma mensagem em sua plataforma Truth Social.

"Parabéns para Pete Hegseth. Ele será um grande secretário de Defesa!", escreveu o mandatário.

U.Paccione--PV

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