Pallade Veneta - África do Sul testa novo método de prevenção do HIV

África do Sul testa novo método de prevenção do HIV


África do Sul testa novo método de prevenção do HIV
África do Sul testa novo método de prevenção do HIV / foto: Mujahid Safodien - AFP/Arquivos

A África do Sul, um dos países do mundo mais afetados pelo HIV, começará a testar um novo método de prevenção contra o vírus com um anel vaginal que libera um medicamento antirretroviral, anunciou nesta sexta-feira (29) o Fundo Global de combate à aids.

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Três organizações envolvidas na luta contra a aids na África do Sul encomendaram 16.000 anéis que devem ser disponibilizados em alguns meses, segundo o Fundo Global de Combate à aids, tuberculose e malária.

Inspirado nos modelos utilizados para a contracepção feminina, o anel vaginal de silicone libera progressivamente um antirretroviral, a dapivirina, e deve ser trocado a cada mês.

"Estamos convencidos de que este novo anel pode ter um impacto revolucionário na prevenção do HIV", o vírus da imunodeficiência humana que destrói as defesas imunológicas e provoca a aids, explica em um comunicado o diretor do fundo, Peter Sands.

O anel é uma alternativa a outros tratamentos preventivos, como a Profilaxia Pré-Exposição (PrEP), que revolucionou a luta contra o vírus da aids nos últimos anos.

Este tratamento implica tomar um comprimido diário ou receber uma injeção mensal, um método que não é necessariamente adaptável para todas as pessoas, explicam as organizações de prevenção sul-africanas.

"As mulheres precisam de acesso a uma série de soluções seguras e eficazes, incluindo o anel de dapivirina, para que possam adotar a mais conveniente", disse Ntombenhle Mkhize, presidente da Fundação de Combate à aids da África do Sul.

Em 2023, as mulheres e adolescentes representaram 53% das infecções no mundo, segundo o Unaids, programa da ONU que trabalha para criar soluções e ajudar as nações no combate à doença.

A África do Sul tem 13,7% de soropositivos, uma das maiores taxas do mundo de pessoas infectadas com HIV

Mais de 5,4 milhões de uma estimativa de 8,2 milhões de pessoas infectadas tomam antirretrovirais. O país tem um dos programas de tratamento do HIV mais importantes do mundo, o que permitiu reduzir consideravelmente a mortalidade.

Testes clínicos recentes mostraram que o anel vaginal de dapivirina, um dispositivo aprovado pela Organização Mundial da Saúde, permite reduzir em 35% o risco de soroconversão (passar de soronegativo para soropositivo).

"Esperamos que mais países sigam os passos da África do Sul", disse Peter Sands.

O dispositivo também foi aprovado e está em fase de estudos para uso em Uganda, Quênia e Zimbábue.

A.Fallone--PV