Pallade Veneta - Secretário de Estado americano pressiona Israel por trégua em Gaza

Secretário de Estado americano pressiona Israel por trégua em Gaza


Secretário de Estado americano pressiona Israel por trégua em Gaza
Secretário de Estado americano pressiona Israel por trégua em Gaza / foto: Mahmud Hams - AFP

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, pretende pressionar Israel nesta quarta-feira (7) para que o país aceite uma trégua que considera "essencial" na guerra contra o Hamas, que completa quatro meses.

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O secretário de Estado tem reuniões previstas com as autoridades israelenses como parte de sua viagem pelo Oriente Médio, que incluiu escalas na Arábia Saudita, Egito e Catar.

O governo do Catar, que atuou como mediador em uma trégua temporária em novembro, afirmou que o Hamas respondeu a uma nova proposta de acordo para interromper os combates.

"A resposta inclui alguns comentários, mas em geral é positiva", destacou o primeiro-ministro catari, Mohamed bin Abdulrahman Al Thani, após uma reunião com Blinken em Doha.

O Hamas confirmou que respondeu às propostas apresentadas na semana passada em Paris pelo Catar e outros mediadores.

Blinken anunciou que discutirá a resposta do Hamas com as autoridades de Israel, depois de destacar que há "muito trabalho por fazer" e que um "acordo é possível e, certamente, essencial".

A agência de inteligência israelense, Mossad, também recebeu a resposta do Hamas, segundo o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

Mas o chefe Governo de Israel, que não comentou a resposta do grupo islamista palestino, afirmou na terça-feira: "Estamos a caminho de uma vitória total e não vão nos impedir".

A pressão por um cessar-fogo aumentou com o avanço das forças israelenses em direção a Rafah, na fronteira sul de Gaza com o Egito, onde mais de metade da população do pequeno território palestino buscou refúgio.

"A intensificação das hostilidades em Rafah, nesta situação, poderia levar à perda de vidas civis em larga escala e devemos fazer o possível para evitar isso", afirmou Jens Laerke, porta-voz do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

A guerra começou em 7 de outubro com um ataque do Hamas no sul de Israel que matou mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelenses.

Os milicianos islamistas também sequestraram mais de 250 pessoas e 132 continuam em Gaza, incluindo 28 supostamente mortas.

Em resposta, Israel iniciou uma ofensiva militar que matou mais de 27.500 pessoas na Faixa de Gaza, a maioria mulheres e menores de idade, segundo o Ministério da Saúde do Hamas, que governa o território.

Gaza foi devastada, seus hospitais destruídos e mais da metade de sua população de 2,4 milhões foi deslocada. O território enfrenta escassez de alimentos, água, combustível e medicamentos.

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