Pallade Veneta - Patagônia chilena e argentina verão 'anel de luz' devido ao eclipse solar

Patagônia chilena e argentina verão 'anel de luz' devido ao eclipse solar


Patagônia chilena e argentina verão 'anel de luz' devido ao eclipse solar
Patagônia chilena e argentina verão 'anel de luz' devido ao eclipse solar / foto: Ronaldo Schemidt - AFP/Arquivos

Parte do Hemisfério Sul testemunhará, nesta quarta-feira (2), um eclipse anular que ocorrerá quando a Lua cobrir o Sol quase completamente, deixando um anel de luz visível, um espetáculo que pode ser visto em seu máximo esplendor na Patagônia chilena e argentina.

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O eclipse, que ocorre quando a Lua orbita entre a Terra e o Sol, ocorrerá entre 17h00 e 20h30 GMT (14h00 e 17h30 no horário de Brasília). O fenômeno começa no Pacífico norte e termina no Atlântico sul e será visível da América do Sul e das ilhas de ambos os oceanos.

É denominado "anular" porque, "neste caso, a Lua não conseguirá cobrir completamente o Sol" e "haverá uma espécie de anel de luz do Sol", disse Diego Hernández, responsável da área pela divulgação científica do Planetário de Buenos Aires.

Isso acontecerá porque "a Lua estará um pouco mais longe da Terra do que o habitual, algo que acontece aproximadamente uma vez por mês", mas agora "coincide com o eclipse".

O efeito de "anularidade" dura cerca de seis minutos e pode ser observado tanto na Ilha de Páscoa chilena, no Pacífico, quanto no extremo sul da América do Sul: no parque nacional Torres del Paine, no Chile, e na província de Santa Cruz, na Argentina, segundo a agência espacial americana Nasa.

São regiões frias e despovoadas, a mais de 2.000 km ao sul de ambas as capitais, Santiago e Buenos Aires.

O segundo eclipse do ano também pode ser visto parcialmente – sem a "anularidade" – em Bolívia, Peru, Paraguai, Uruguai, Brasil, México, Nova Zelândia, Havaí e em inúmeras ilhas do Pacífico Sul, acrescentou a Nasa.

- A fria Santa Cruz -

Para ver o eclipse haverá, sobretudo, espaço: a província de Santa Cruz, na Argentina, é uma das menos densamente povoadas do país, com 1,5 habitante por km2, segundo o Ministério da Defesa.

É conhecida por seu ambiente desértico repleto de fósseis de dinossauros que povoam os museus argentinos, mas também pelos combustíveis fósseis que abastecem os postos de gasolina nas grandes cidades.

Além disso, a província oferece um cenário desafiador para aguardar o fenômeno estelar, quando o serviço meteorológico prevê temperatura de congelamento variando entre 1 ºC e 11 ºC e rajadas de vento que podem chegar a 60 km/h.

A Nasa incentiva as pessoas a tomarem medidas preventivas e usarem óculos de proteção solar, nunca óculos de sol normais, para preservar a visão.

"Sempre olhe através de óculos de observação solar seguros ("óculos de eclipse") ou de um visor solar seguro", alertou a agência.

D.Bruno--PV