Pallade Veneta - Guerra em Gaza estremece final do Eurovision na Suécia

Guerra em Gaza estremece final do Eurovision na Suécia


Guerra em Gaza estremece final do Eurovision na Suécia
Guerra em Gaza estremece final do Eurovision na Suécia / foto: Johan NILSSON - AFP

A final do popular festival de música Eurovision está marcada para este sábado (11), na cidade sueca de Malmö, onde milhares de manifestantes pró-palestinos protestaram contra a participação de Israel devido à guerra em Gaza.

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Após garantir sua vaga na final na quinta-feira (9), a cantora israelense Eden Golan, com sua música "Hurricane", é cotada como favorita para vencer o concurso, que no ano passado foi assistido por mais de 160 milhões de telespectadores.

O concurso tem sido rodeado por polêmicas, depois de permitir a participação de Israel apesar dos múltiplos apelos para excluir o país devido à sua ofensiva contra a Faixa de Gaza.

Em Malmö, onde vive a maior comunidade de origem palestina da Suécia, entre 2.000 e 3.000 pessoas, segundo uma primeira estimativa da equipe da AFP presente, reuniram-se pacificamente para protestar contra sua participação.

"Não somos contra o Eurovision, mas contra a participação de Israel. Não queremos a sua representante (...) por causa do que está acontecendo em Gaza", declarou o aposentado sueco Ingemar Gustavsson.

A União Europeia de Radiodifusão (UER), que suspendeu a Rússia há dois anos devido à guerra na Ucrânia, confirmou em março a participação de Israel, embora tenha solicitado à sua representante que modificasse a música apresentada.

A canção, então chamada "October Rain", foi considerada muito política por suas aparentes referências ao ataque do Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra em Gaza.

À polêmica sobre a participação de Israel, juntou-se um incidente com o representante neerlandês, Joost Klein, que foi desclassificado pela organização do concurso na manhã deste sábado, após ter sido denunciado por um membro da equipe de produção.

A denúncia está sendo investigada pela polícia.

O caso, cuja natureza exata é desconhecida, nada tem a ver com a atitude do candidato em relação a outras delegações, garante a UER, referindo-se principalmente à discordância mostrada pelo cantor ao ser colocado ao lado da participante israelense durante uma coletiva de imprensa.

A emissora holandesa Avrotros classificou a expulsão como "desproporcional", após a qual serão 25 países, e não mais 26, disputando o primeiro lugar do concurso, conquistado pela Suécia na última edição.

A terceira maior cidade sueca espera a chegada de cerca de 100.000 fãs de 90 países, coincidindo com o 50º aniversário da icônica vitória do grupo sueco ABBA no Eurovision com a popular "Waterloo".

O conflito em Gaza já teve destaque nesta 68ª edição do concurso, quando, na performance de abertura da primeira semifinal na terça-feira, o cantor sueco Eric Saade subiu ao palco com um lenço palestino amarrado ao redor do pulso.

Nove participantes desta edição, sete dos quais se classificaram para a final, pediram um cessar-fogo em Gaza.

A.Tucciarone--PV